Transmissão vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais uma preocupação de saúde pública no Brasil

8 votos
Publicações
patrinutri 30/09/2016

https://www.aids.gov.br/publicacao/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-prevencao-da-transmissao-vertical-d

Tendo em vista a identificação alarmante do número de casos de transmissão vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais uma preocupação de saúde pública no Brasil, acho muito importante divulgar esta publicação do Ministério de Saúde sobre o tema.

Quem tem atuado diretamente com a aplicação dos princípios da humanização do parto e nascimento, em especial nas diretrizes da rede cegonha, tem vivenciado este problema desafiador: Como diminuir os índices de bebês infectados por estas doenças já durante o pré natal?

A identificação precoce através da testagem rápida com certeza é o melhor caminho, e aliada ao preparo dos profissionais de saúde na identificação de sinais e sintomas da possibilidade da existência destas patologias durante a gestação.

Claro que devemos considerar também que o aumento deste alerta sobre estas patologias irão provocar um aumento das estatísticas de diagnósticos destas doenças, mas o que alerto aqui é necessidade de diminuirmos o número de bebês infectados mesmo tendo passado durante 9 meses de gestação em acompanhamento pré natal e ainda assim nascem com estas doenças por falha da detecção precoce das mesmas ou por tratamento inadequados neste período. Isto sim é estarrecedor.

O que temos identificado, na maior parte das vezes é uma negligência dos serviços de atenção a saúde suplementar e nos outros serviços da rede que não realizam testagem rápida já na primeira consulta de pré natal. Por isso precisamos cada vez mais de uma ação em rede e que todos os serviços de saúde que realizam pré natal tenham por rotina esta testagem e uma qualificação de seus profissionais para isso.

 

 

Post relacionado a: Blumenau, SC
Tags

4 Comentários

Faça login para comentar e recomendar este post a outros usuários da rede.

Por Emilia Alves de Sousa

A transmissão vertical do HIV e da sífilis ainda é um grande desafio na saúde, e sem a menor sombra de dúvida, a identificação precoce é o melhor caminho para a prevenção dessas doenças nos recém-nascidos. E a produção do protocolo é importante para ampliar o conhecimento sobre o tema, e mobilizar os profissionais para a importância e maior adesão a sua aplicação de forma eficiente.

Valeu Pat pelo compartilhamento do Protocolo!

Bjs

Emília

    Por patrinutri

    Pois é Emilia, temos travado uma luta bem forte contra esta doença que resurgiu com força em Santa Catarina.

    Temos buscado a aqualificação do p´re natal aqui no Médio Vale do Itajaí e Também a realização dos testes rápidos das gestantes e seus parceiros o mais precoce possível para que tenhamos tempo hábil de tratamento de todos mãe pai e bebe.

    Mas seguimos no desafio.

    Bjs Pat

Por deboraligieri

Pat querida.

Muito importantes essas diretrizes terapêuticas, por visar a prevenção como política pública de promoção de saúde, e ainda atender à diretriz constitucional da integralidade com foco nas ações preventivas (artigo 198, II, da Constituição Federal).

Dando uma passada de olhos pelos temas abordados neste PCDT, achei interessantíssima a quantidade de informações relacionadas à particularidade da vida das mulheres com HIV/AIDA, sífilis e hepatites virais, com uma abordagem tanto dos possíveis problemas como também das soluções.

Fui procurar algo parecido em relação às gestantes com diabetes, e encontrei apenas PCDTs em que o diabetes consta como complicação gestacional, e não como doença crônica (como se mulheres pré-diagnosticadas com diabetes tipo 1 e tipo 2 não engravidassem!).

Há alguns anos pensei em engravidar e fui buscar informações sobre questões relacionadas à evolução de complicações do diabetes (e não do diabetes como complicação), pois já tinha retinopatia, que pode levar à cegueira. Consegui essas informações em fontes diversas (conversando com meu médico, lendo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, etc), mas não encontrei material elaborado pelo Ministério da Saúde ou Secretarias de Saúde.

Sei que aqui a sua preocupação é com o crescente número de casos de transmissão vertical de sífilis, como já conversamos algumas vezes, mas não poderia deixar de ressaltar esse aspecto também importante: a falta de uma linha de cuidado para gestantes com diabetes pré-diagnosticada, que, da mesma forma, serve à prevenção de aparecimento e evolução de complicações do diabetes já diagnosticado.

Beijos,

Débora

    Por patrinutri

    Concordo plenamente com voc~e querida Débora. Infelizmente ainda não temos sido capazes de uma abordagem mais integralizante dos disgnósticos. Explico ou a pessoa é diebética ou é gestante. Os dois ao mesmo tempo são retratados como causas de risco, mas não coma possibilidades dos cuidados.

    Temos mesmo que avançar neste caminho. Um outro viés que tem me chamado a atenção é a gestante com transtornos mentais ou usuárias de drogas , este é um tema também pouco abordado em publicações.

    Vamos seguindo nos caminhos do SUs e buscando enfrentar seus desafios.

    Bjs Pat