Desafios e possibilidades da PNH: Comentário acerca do vídeo “a PNH como um modo de fazer: desafios para a Humanização do SUS”
Pessoal, boa noite! Meu nome é Aline, sou psicóloga residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do adulto e do Idoso, no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA). Acabei de assistir ao vídeo: “A PNH como um modo de fazer: desafios para a Humanização do SUS – Conferência: Eduardo Passos” e farei alguns comentários acerca do que o vídeo deixou para mim. A PNH surge com o objetivo de pôr em prática os principios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, com o intuito de construir processos coletivos de enfrentamento das relações de poder e promovendo a autonomia dos sujeitos envolvidos. Possui como princípios: transversalidade; indissociabilidade entre atenção e gestão; protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos.
A forma como o Eduardo Passos verbaliza acerca da PNH, me permitiu compreender ainda mais afundo sobre essa política. Um dos aspectos que mais me chama atenção é quando ele expõe que a proposta não está voltada para a valorização do homem bom, rompendo com a idealização do humano e responsabilizando a precarização que podem levar às atitudes ditas “desumanas” por parte do trabalhador. Diante disso, é importante assegurar a participação dos trabalhadores nos espaços coletivos de gestão.
Outro ponto que merece destaque é quando ele traz o desafio do SUS referente à necessidade de garantir o acesso de todos. Há necessidade da garantia de direito para as minorias, tais como os transexuais, quilombolas, homossexuais, drogaditos entre outros… Pois o SUS é para todos e para qualquer um. Não há distinção e possui seus princípios que devem ser seguidos. Esses direitos são garantidos por lei e devem ser assegurados em todas as fases do cuidado.
A PNH afirma princípios metodológicos e utiliza, como recurso, o método da roda. É a partir da roda que faremos circular a palavra, o sentido e o poder, como bem pontuou Eduardo Passos. E o fato de saber que o poder pode ser alterado por essas práticas de circulação, é algo que pode modificar o processo de gestão. E essa alteração, também irá repercutir nos modos de fazer saúde. Para além das rodas há o incentivo às redes e movimentos sociais.
A PNH possui desafios e possibilidades, apostando na produção de sujeitos e tornando-os protagonistas e agentes ativos das mudanças nos serviços de saúde.
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Oi Aline, seja muito bem-vinda por aqui!
Nossa rede é uma das apostas que a PNH fez como produção de encontro e construção coletiva do SUS. Sigamos reencantando as práticas ao aceitar o desafio de humanizá-lo cada vez mais.