EXIBIÇÃO DO FILME NISE – O CORAÇÃO DA LOUCURA – CAPACITAÇÃO ACS GUARAMIRIM
O dia 10 de outubro é o Dia Mundial da Saúde Mental.
Para lembrar essa data ,o NASF exibiu para os ACS o filme Nise – o Coração da Loucura.
Após a exibição os ACS responderam um questinário sobre impressões do filme.
Destacaremos algumas perguntas e respostas ,nesse singelo relato.
Descreva qual aspecto da personalidade da Dra. Nise da Silveira , mais chamou a sua atenção?
” O que mais chamou minha atenção foi a persistência, a dedicação mesmo quando todos os colegas estavam contra ela, foi humana , não descriminou seus clientes”.
“O aspecto humanitário, a afetividade dela”.
“A coragem dela em enfrentar e mudar a situação”.
“Paciente, gentil, disposta a fazer mudança”.
O que mais impactou neste filme?
“Foi a transformação de todos, até mesmo da sociedade em busca de melhorar tratamentos e condições hospitalares”.
” A violência com que os outros médicos tratavam os pacientes”.
“O jeito que os demais médicos queriam curar os pacientes. O tratamento deles mais assustava que curava”.
A esquizofrenia afeta a relação com a realidade, a capacidade de pensar logicamente, sentir emoções e sentimentos e comportar-se em situações sociais. Após assistir este filme, qual a sua visão em relação aos pacientes com esse sofrimento psíquico grave? Houve alguma mudança de visão?
“Sim, pois, confirmou ainda mais que não temos um modelo de comportamento certo ou errado, independente de como essas pessoas agem, devemos avaliar e ter um olhar de compreensão e amor.”
“Sim, pois cada vez mais me convenço de que não existe regras, nem lógicas de como devemos viver ou como queiram que eles vivão na comunidade…”
“Todos merecem respeito, amor e compreensão, eles só veem o mundo de outra forma, de maneira que devemos ser um pouquinho do que a Nise foi.”
“Minha maneira de pensar era que um esquizofrênico não teria melhoras, eu até sentia medo, mas o medo é de como agir com essas pessoas ou o que fazer. Mas, através do filme, eu vi que tem como interagir com as pessoas com esse transtorno.”
Terminamos esse relato com uma frase da Nise “É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade…”
Por patrinutri
Que linda experiência Jacque.
Saudades deste coletivo, NASF e ACS, gente muito importante para o SUS de Guaramirim, de SC.
Bom exemplo para compartilhar mesmo não só sobre a vivência de vocês como também mostrando que muitas vezes para capacitar, mudar impressões é necessário apenas provocar uma roda de conversa, sejas com filme ou outras provocações e colher as ideias que surgem e produzir novos conhecimentos e uma grupalidade que reafirma os princípios do SUS.
Muito bom mesmo saber que seguem neste caminho.
Eu fui assistir ao filme no cinema com uma amiga aqui em Blumenau. Depois de vivenciar todas as emoções que o filme provoca: tristeza, raiva, compaixão, alegria e força, conversamos sobre nossas histórias como profissionais de saúde e o que impactou em nós ter vivido um tempo onde o manicômio era tido como espaço de “tratamento” para pessoas em sofrimento psiquico. São sempre histórias de medo, tristeza, desesperança. Com certeza conhecer esta vivência da Dra Nise nos enche de esperança no humano e suas multiplas possibilidade e em especial da importância de olhar o outro em sua diferença com respeito e compreensão.
Lembrei também do filme Estamira que nos mostra que existe uma lógica no mundo de alguém que cria seu próprio universo existencial. É também uma boa vivência com os profissioanis de saúde assistir a este filme.
Obrigada por compartilhar conosco esta linda vivência.
Beijo grande e até breve!
Bjs Pat