Documentários apresentam curso-intervenção em que trabalhadores do SUS paulistano cartografaram 43 pontos de produção de saúde mental na megacidade
Há quinze dias, neste espaço, dei notícia do encerramento do curso-intervenção “Redes de Produção de Saúde na perspectiva da Inteligência Coletiva”, que fez parte do Projeto de Educação Permanente “Rede SAMPA” (Saúde Mental Paulistana) promovido pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (neste post: Trabalhadores do SUS cartografam “pontos de produção de saúde mental” na cidade de São Paulo).
Em complemento às informações que constam daquela primeira postagem, compartilho, hoje, dois vídeos que documentam o que foi esta fantástica experiência.
O primeiro apresenta a primeira edição do curso e é mais longo porque incluiu uma série de comentários dos organizadores, buscando fazer uma contextualização mais ampla da proposta. O segundo, mais breve, documenta a segunda edição na sua singularidade.
É muito importante dar publicidade a esta experiência extremamente rica, não apenas pelos seus resultados (expressos na gratificante avaliação dos participantes, que passaram a se apropriar de ferramentas acessíveis para a produção de narrativas multimídia e para sua difusão nas redes sociais, ampliando sua capacidade de comunicação social e ativação da inteligência coletiva para o aprimoramento das práticas de produção de saúde, assim como na concretude dos 43 vídeos realizados neste processo, dando conta de experiências de produção de saúde mental distribuídas pela cidade, seja pela rede própria do SUS municipal, seja pela iniciativa autônoma dos seus cidadãos), mas também pela singularidade do seu processo, que combinou “tecnologias de conversação” em grandes grupos (como o worldcafé), discussões conceituais (sob a forma de exposições dialogadas em torno de vários temas: “redes”, “produção de saúde”, “trabalho cognitvo-afetivo”, “produção de comum” e “inteligência coletiva”, entre outros), compartilhamento de experiências significativas para aprofundar as questões abordadas no curso (como a Política Nacional de Humanização e este fantástico dispositivo que é a Rede HumanizaSUS, a experiência dos CECCOS e a própria experiência de educação permanente da Rede SAMPA) e muitas, muitas oficinas de “mídia tática” realizadas presencialmente e apoiadas à distância por uma competente equipe de tutoras, sem contar uma super aula para entender melhor o que é a internet e se apropriar de recursos simples para ampliar a capacidade de explorar e se comunicar no ciberespaço (os nomes de todos os participantes dessa grande empreitada estão nos créditos finais dos dois vídeos).
Bem, por mais importante que seja escrever sobre essa experiência, nada como a força de síntese e a expressividade de um relato audiovisual!
Curtam os vídeos!
Primeira edição do curso (de 01/07/2016 a 07/10/2016):
Segunda edição do curso (de 04/11/2016 a 17/03/2017):
Por Emilia Alves de Sousa
Muito legal revisitar esses vídeos, ver as narrativas das pessoas revelando a forma alegre, colaborativa de produzir um trabalho em grupo, ativando a inteligência coletiva. Tudo flui com mais resolutividade quando se constrói a partir de um coletivo. A chance de dar certo é muito maior. Outra questão importante é o uso da mídia tática para cartografia das vivências, dos movimentos produzidos nessa construção coletiva. Muito inspirador!
Valeu Ricardo!
Abraços!
Emília