Residência Multiprofissional em Saúde como mediadora para a Educação Permanente em Saúde

8 votos

(Este post, é uma atividade da disciplina SUS, da professora Cátia Paranhos do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Indígena do HU de Dourados -MS.) 

O Ministério da saúde, através da portaria 198, de fevereiro de 2004, emitiu a Política Nacional de Educação Permanente (EPS), possibilitando através desta que se identifique as necessidades de formação e o modo que os trabalhadores se desenvolvem na área da saúde e elaborar estratégias para qualificação da atenção e gestão em saúde, com o objetivo de produzir um impacto para a melhoria da qualidade da assistência prestada na saúde individual e da população.

A Política de Educação Permanente em Saúde foi elaborada como uma estratégia que atua na formação e desenvolvimento dos trabalhadores envolvidos com a saúde. Essa política reafirma os princípios do SUS e foi criada para implementar a atenção integral na produção de saúde.

A qualidade na assistência à saúde, é uma preocupação para gestores que buscam elencar como meta prioritária. A EPS vem para que os trabalhadores reflitam sobre como essa política foi implementada, o quão se faz importante no serviço e pensem nas suas práticas. Portanto, a Residência Multiprofissional (RMS) em saúde busca formar profissionais para uma atuação diferenciada no SUS, pois a mesma atua na construção interdisciplinar dos profissionais de Saúde e o trabalho em equipe. A RMS destaca-se como um espaço para o desenvolvimento de ações de Educação Permanente, pois nesse local existe o potencial de estimulo de mudanças. 

Apartir dessa compreensão de Educação Permanente em Saúde, eu como integrante da Residência Multiprofissional em Saúde do HU-UFGD, entendo que a EPS aponta como um espaço que existe a transformação para os profissionais de Saúde ligada a Educação Permanente. Vivemos permeados pela Educação Permanente com os príncipios do SUS. Vivemos isso no nosso dia-dia. A RMS é considerada como um local capaz de provocar melhorias na formação de nós residentes, a EPS realmente é uma proposta estratégica para transformar processos formativos. Nosso programa de Residência nos traz para essa nova realidade, a concepção de EPS, do trabalho em equipe, do trabalho Multiprofissional, interdisciplinar. 

Desenvolvemos na RMS atividades de EPS, pois varias ações são desenvolvidas, como rodas de conversa em grupo, discussões de casos, inclusive todas as quintas-feiras nos encontramos com nossos professores, preceptores e outros atores da RMS para acompanhamento clínico, onde discutimos questões de extrema importância para o constante construção do conhecimento. Todos esses atores estão ligados á questões de Educação Permanente em Saúde, onde é envolvido tanto as questões de ensino, como questões profissionais.

Neste sentido, observa-se que a EPS, desenvolvida na RMS constitui-se como um trabalho em constante atuação, onde está fundamentada nas relações entre os profissionais em Saúde. 

Entretanto a RMS é um espaço intercessor para o desenvolvimento das ações de EPS, pois é nela que realizamos encontros entre os residentes e todos envolvidos, por meios de atividades práticas, teóricas, preceptoria construindo interação entre todos. tornando-se extremamente necessário cada encontro de profissionais da saúde com docentes, usuários e profissionais do serviço. 

 

De qual forma vocês acham que a Educação Permamente deveria ser melhor trabalhada dentro dos espaços formais e informais?

 

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 198, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2004.