Vai Trabalhar Vagabundo!

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Este post relata a experiência da Residência Multiprofissional da UFGD, ênfases Atenção à Saúde Indígena e Atenção Cardiovascular na luta por Nenhum Direito a Menos e o Movimento de Greve Geral contra as reformas na previdência e o desmonte da CLT ocorrido na última sexta feira, dia 28 de abril.

Tal articulação, movimentação e vivência colocaram em movimento e questionamentos algumas reflexões minha e de outrxs colegas residentes do quanto a participação social, lutas, garantia de direitos e política caminham junto com Saúde visto que saúde é um direito constitucional conquistado por meio de lutas e construções coletivas.

Nas Residências Multiprofissionais pelo Brasil, por diversas vezes, os residentes são considerados trabalhadores e mão de obra barata devido ao cumprimento de jornada de 60 horas semanais em que a prática é privilegiada em detrimento da carga horária teórica. Vale ressaltar que a proposta de educação em serviço por meio das Residências Multiprofissionais objetivam formação de trabalhadores qualificados para o SUS, a Portaria nº 45 de 12 janeiro de 2007, no art 2º orienta “IV – abordagem pedagógica que considere os atores envolvidos como sujeitos do processo de ensino-aprendizagem-trabalho e protagonistas sociais;”.

Desse modo, entendemos que o exercício de participação política deve ser priorizado junto ao exercício técnico profissional de assistência em saúde, precisamos garantir formação política dentro dos espaços coletivos de Residências para que haja produção de um Outro olhar e conceito de práticas pedagógicas em que participação política, assim como os outros dias de trabalho, possam ser considerados e reconhecidos como dia de Trabalho em Saúde.

Foi um dia intenso, de cansaço físico e muitos deslocamentos e forças renovadas pelo Coletivo.