Abordagem interdisciplinar, reflexões sobre o trabalho em equipe e simulações realísticas trazem melhorias para as Visitas Domiciliares realizadas por estudantes do Curso Médico em Estratégias Saúde da Família no interior paulista.
A Universidade do Oeste Paulista utiliza Metodologias Ativas de Ensino Aprendizagem desde o início do Curso médico, inserindo seus estudantes nas Estratégias Saúde da Família dos Municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado. São realizadas simulações realísticas no Laboratório de Habilidades e Simulação (LHABSIM) da Faculdade de Medicina da UNOESTE, com foco no Modelo Biopsicossocial, em substituição ao modelo tradicional Biomédico. Em algumas simulações, os estudantes são convidados a participar de visitas domiciliares, com presença de atores previamente treinados por facilitadores pertencentes ao quadro de docentes da Instituição de Ensino. Aspectos relacionados à Atenção Individual, Coletiva, Processos de Trabalho em Saúde e Educação em Saúde são evidenciados na realização das atividades simuladas. Uma psicóloga faz parte do grupo de docentes que articula a realização da Visita Domiciliar Simulada. Aspectos relacionais e de Humanização, como: Transferência e Contra-Transferência, Empatia, Esteriótipos, Ambiência e Alteridade são discutidos no Debriefing, após a realização da atividade educativa. Os estudantes e a facilitadora avaliam como positiva a abordagem realizada de maneira interdisciplinar e demonstram interesse e satisfação em participar das atividades propostas envolvendo Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem.
Referências:
Abrahão A. L, Lagrange V. A visita domiciliar como uma estratégia da assistência no domicílio. In: Morosini MVGC, Corbo A D. Modelos de atenção e a saúde da família. Rio de Janeiro: ESPJV, 2007. P. 151-72
Borba P. C., Oliveira R. S., Sampaio Y. P. C. C. O PSF na prática: organizando o serviço. Juazeiro do Norte: FMJ, 2007.
Pereira M. J. B., Mishima S. M. , Fortuna CM, Matumoto S, Teixeira RA, Ferraz CA et al. Assistência domiciliar: instrumento para potencializar processos de trabalho na assistência e na formação. In: Barros AFR. Observatório de Recursos humanos em saúde no Brasil: estudos e análise. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. P. 71-80.
Silva, M. J. P. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em saúde. São Paulo: Loyola; 2008.
Tapajós, R. A comunicação de notícias difíceis e a pragmática da comunicação humana. Interface Comunic Saúde Educ. 2007;11(21):165-72.
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Elaine,
É sempre gratificante ver os relatos de vocês trazendo essa metodologia diferenciada de ensino e cuidado em saúde, assumindo uma abordagem que valoriza a multidisciplinaridade com foco na pessoa e não na doença. Um cuidado em saúde que vai além do espaço institucional, que inclui a visita domiciliar para um maior conhecimento da realidade do usuário, ampliando o cuidado e os vínculos afetivos. Muito legal!
Continuem conosco compartilhando essas importantes vivências!
AbraSUS!
Emília