Profissionais do HILP se reunem para discutir a visita aberta e o direito a acompanhante

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No dia 18 próximo, os profissionais do Hospital Infantil Lucídio Portella, sediado em Teresina, se reuniram para uma palestra tendo como temática: Visita aberta e direito a acompanhante: sua importância no apoio à rede social, ministrada pela Annatália Gomes, Consultora da PNH para a Região Nordeste II. O evento foi organizado pelo Centro de Estudos e Pesquisa-CENEP e pelo GTH do Hospital e envolveu a participação de 29 profissionais das diversas áreas do conhecimento, em que a maioria dos participantes era constituida por médicos. A palestra teve como objetivos: discutir o dispositivo da Visita Aberta e Direito a Acompanhante, na perspectiva de se aprofundar o conhecimento profissional sobre este assunto e analisar a possibilidade de  implementação da visita aberta no espaço hospitalar.

Annatália iniciou a palestra provocando um questionamento acerca da realidade deste dispositivo no hospital, oportunidade em que alguns profissionais relataram suas vivências sobre as visitas e sobre os acompanhantes, e identificaram alguns aspectos considerados dificultadores para o acolhimento dos visitantes e acompanhantes das crianças e adolescentes internados, entre eles, as limitações e a precariedade do espaço físico dp hospital. Vale ressaltar, que o HILP funciona como hospital escola para diversos cursos de duas universidades públicas do Estado, o que na opinião de alguns médicos e enfermeiros, inviabilizam a presença dos visitantes no turno da manhã, principalmente nos momentos de realização das corridas de leitos nas enfermarias, em face da expressiva concentração de residentes e acadêmicos, além dos profissionais, o que dificulta as discussões e a realização dos procedimentos terapêuticos.

No cotidiano do Hospital, as visitas são realizadas apenas, no turno da tarde, no horário das 14:00 às 16:00h. Entretanto, esse horário é flexibilizado para os pais, que além do horário oficial, podem fazer uma visita no turno da manhã, por um período de 20 minutos. Os demais casos, que chegam ao hospital após o encerramento da visita, após a análise feita pelos assistentes sociais, poderão ser liberados para uma visita pelo período de até 20 minutos. Todas as crianças e adolescentes internados possuem um acompanhante em tempo integral, incluindo os da UTI. As crianças indígenas, em respeito as suas diferenças culturais, têm direito a dois acompanhantes. As trocas de acompanhantes, via de regra, são realizadas no turno da tarde, no horário das 14:00 às 16:00h, exceto os casos considerados especiais, como os acompanhantes idosos, os portadores de necessidades especiais e ou de doenças crônicas, bem como as mães que estão em fase de lactação, que têm direito de fazer essa troca, também no turno da manhã.

Na sequência foram abordados alguns aspectos relevantes da visita aberta e do acompanhante, entre eles, o conceito e a sua importância para as pessoas doentes; o redimensionamento do espaço hospitalar e as orientações para implementação deste dispositivo, como forma de valorização e fortalecimento da rede social desses sujeitos.

Finalizando, Annatália fez a palavra rodar entre os participantes, oportunidade em que algumas vivências, dificuldades e desafios foram apontados pelos profissionais acerca da implementação da visita aberta no espaço hospitalar. Como desdobramento deste evento, está sendo pensada a realização de uma oficina com os profissionais, com a proposta de ampliar a discussão, bem como, pensar estratégias para a implementação da visita e do acompanhante, aproveitando o fato de que o hospital, a partir do mês de abril do ano em curso, passará por uma signifante reforma no seu espaço físico, tendo em vista possibilitar a melhoria da humanização e resolutividade do atendimento das suas demandas.