Crise da saúde no Rio de Janeiro

Olá Caroline,

Gratidão pela manifestação de apoio e reconhecimento da potência do dispositivo acolhimento em sua faceta de humanização. Isto mostra que os trabalhadores da saúde têm a plena consciência de que os usuários devem ser respeitados em seus direitos assim como eles, trabalhadores, precisam do apoio da população para as reinvindicaçoes justas que buscam alcançar.

solidariedade é resistência aos poderes!

Olá Caroline,
Que legal a sua chegada na rede trazendo este exemplo importante de participação e de controle social no SUS. O seu relato nos traz um misto de tristeza e de contentamento paralelamente. Tristeza pela crise na saúde que assola o Rio; e contentamento pelo reconhecimento da importância e do bom atendimento da ESF da sua comunidade. É estimulante sabermos que mesmo em meio a toda essa crise da saúde, os profissionais resistem e mantém o acolhimento e a dignidade no desempenho das suas práticas. Acreditamos que com o comprometimento ético/político dos trabalhadores e com o controle social dos usuários, mudanças serão disparadas.
Precisamos de mais pessoas assim como você na rede para ampliar o debate na direção do fortalecimento do SUS. Fiquei curiosa pra saber como você encontrou a Rede, e qual a sua expectativa em relação a ela.
Compartilho uma publicação que traz um texto da Ana Maria Costa/CEBES, que aborda a importância da participação e controle social no SUS.
https://redehumanizasus.net/64374-e-o-povo-que-pode-mudar-a-saude/

AbrasUS!
Emília

Oi Caroline

Que bom que em meio ao caos provocado no Rio de Janeiro você se manifeste exatamente para dizer que nós, trabalhadores da saúde, mantemos nosso trabalho, apesar de todos os problemas existentes que só se avolumam, sem que nenhuma atitude política séria seja tomada.
Não há crise na saúde, há completo descaso não só com os usuários, mas também com os trabalhadores, num desmonte articulado que precisamos nos perguntar: a quem interessa? Se ficarmos nesta de ponderar a situação devido à uma crise incidental, deixamos passar ao largo uma questão bem mais séria: a tal ¨crise¨não despencou do céu na cabeça dos cariocas, mas é fruto de corrupção e ganância de políticos que dominam o cenário político e se julgam a si mesmo sem que a população acorde para o preço disto. Há pessoas morrendo por falta de atendimento, há pessoas morrendo por falta de salário e, no entanto, só não há dinheiro para saúde, educação e trabalho, para o resto, principalmente para manter vantagens descabidas e maracutaias encobertas, sobra verba. Até quando os trabalhadores como aqueles que você relatam, embora querendo, vão poder continuar atendendo, se as condições próprias e das unidades de saúde só despencam numa queda vertiginosa?

Olá Caroline sou de Alagoas.
É muito triste ver a saúde nesse movimento de desmonte, assim como no Rio o País inteiro sofre com a ingerência do Sistema, já que falta de dinheiro sabemos que não é, por outro lado fico feliz com a sua atitude de valorização do servidor público que as vezes é visto como vilão, fruto também do desmonte onde coloca o profissional como único culpado.
AbraSUS!
Sandra