Notícia do Blog Trabalho em Saúde da Federação dos Trabalhadores da Saúde – RS
Uma boa notícia, enfim.
Acredito que os argumentos levantados contra a decisão do STF aqui na RHS devem ser publicados em outras mídias, qualquer uma a que tenhamos acesso.
Autorizo a divulgação de meus posts, em parte ou integralmente, em qualquer parte do território nacional, que tenham o objeivo de dar publicidade aos fatos e informar a ação dos atores sociais envolvidos na defesa do SUS e da igualdade de todos perante a lei.
Abaixo a íntegra do post do blog da FEESSERS, Trabalho em Saúde:
EM MANIFESTO, ENTIDADES CRITICAM DECISÃO DO STF QUE AUTORIZA "GOLPE" NO SUS
Várias entidades se manifestaram ontem, em reunião na sede do Ministério Público Estadual, em Porto Alegre, contra recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou pagamento de diferença de classe a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
O grupo divulgou uma nota na qual considera o pagamento ao SUS por melhor condição de atendimento um “desequilíbrio perigoso”. Participaram do encontro representantes do Ministério Público do Estado, do Núcleo de Saúde do Ministério Público Federal, da Federação das Associações dos Municípios do Estado do Rio Grande do Sul (Famurs), do Ministério da Saúde, das prefeituras de Giruá e Porto Alegre, da Secretaria Estadual de Saúde, da Associação de Secretários e Dirigentes de Saúde do RS (Assedisa) e do Conselho Estadual de Saúde.
Conforme a nota divulgada após a reunião, “o pagamento da diferença de classe introduz um desequilíbrio perigoso que pode aumentar as filas do sistema único, com diferenciação prejudicial na atenção à saúde, especialmente dos mais necessitados (..) Para melhor entendimento: a decisão autoriza a compra de vagas no SUS, ‘furando’ filas e procedimentos.”
As entidades pretendem agora realizar diversas manifestações.A decisão do STF é válida, inicialmente, para Giruá, na região Noroeste, mas pode ser ampliada para todo o Estado. A medida permite que um paciente opte por condições especiais de internação, como quarto exclusivo e médico de sua escolha, desde que pague a diferença entre o que o sistema público oferece e o valor do atendimento privado.Esse recurso, chamado de “diferença de classe”, deixou de vigorar no começo da década de 1990 e também permite que o paciente realize exames custeados pelo serviço público porém pague para ser atendido por um médico de sua escolha. A decisão do STF foi tomada em 18 de maio passado.
O caso de Giruá é o primeiro dos que integram um conjunto de processos iniciados pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul. Porto Alegre e outras 10 cidades onde a saúde foi municipalizada têm medidas semelhantes em tramitação. Além disso, uma outra ação estende a mesma alteração a todos os municípios gaúchos em que a gestão da saúde é responsabilidade do governo federal.
Por Shirley Monteiro
Bons Ventos começam a soprar !! E que as ventanias da indignação soprem muito forte para tirar as vendas dos olhos da Justiça, como inspira a primeira foto deste Post !
Marco, Belo Post; começo a divulgar esta tua ultima série de posts hoje mesmo na "tecendo-redes-pnh" aqui do estado do RN; Ontem estivemos um bom grupo, reunidos no Fórum Estadual de Humanização. Estavam presentes a Promotora ´de Saúde que tem acompanhado as lutas e ações da PNH nacional inclusive; profissionais da gestão estadual e municipais das Secretarias de Saúde, profissionais da ESF e Hospitais, e o Controle Social : Ficamos meio baqueados em ouvir a mudança de postura da Promotoria de Saúde que, veio justificar sua concordância com a criação das Unidades de Pronto Atendimento- UPAS’s através das OSS no município de Natal, pela SMS. FOi citado o caso do STF no RS por vários, mas não pontuaram que foram os médicos a darem o primeiro passo. Por fim, estamos organizando por aqui audiência pública e outros movimentos; e como estratégia temos a necessidade e desejo de trazer os usuários para esta discussão com maior peso; esta medida tem que se fazer não apenas a partir dos Conselhos de Saúde legitimados para isso, mas a partir de cada um de nós profissionais da atenção nos vínculos cotidianos que se tem com a população usuária; convocá-los para proteger o SUS que tem donos sim, são eles, e somos Nós !
Um abraço,
Shirley Monteiro.