A Trupe da Saúde da ESF do Parque dos Coqueiros tem como dinâmica de atuação o método Augusto Boal de Teatro e Terapia provocando no interlocutor a interação na cena, do qual passa a conduzi-la em dado momento definindo para sí o desfecho final. Tem como Coordenador o Agente Comunitário de Saúde Djairo Alves. O grupo é formado por Agentes de Saúde (Djairo Alves; Edna Suely; Francisca das Chagas; José Luiz (ASG); Hildeth Fernades; Hilzeth Fernandes; Maria Luisa e colaboradores).
Os temas são definidos conforme a observação dos agravos sociais em voga como por exemplo: Violência de Gênero (Entre tapas e beijos) ; Dengue e Higiene doméstica ( A casa de Dona Sujana); Psicodependência (Além das Janelas); Acolhimento Humanizado (A caixa de sugestões); Cuidadores de idosos com dependência (Dona Micarla e Senhora Saúde) dentre outras.
"Utilizamos esta estratégia lúdica como ferramenta provocativa, conduzindo o espectador à reflexão de suas atitudes e sentimentos", diz Djairo Alves.
O grupo nasceu da necessidade de se buscar elos mais substânciais com os usuários e nessa aproximação, pudesse propiciar o construtivismo no processo saúde-doença. As representações ocorrem nas reuniões temáticas das demandas assistidas na Unidade de Saúde, também nos eventos de cunho geral, em escolas e instituições diversas quando solicitados. Temos uma assessoria multifuncional que nos apoia nos aconselhamentos e opniões valorativas como por exemplo: Direção da USF; Enfermeiros; Técnicos de enfermagem; Psicóloga (Socorro Cunha), dentre outros.
Não obstante, os próprios componentes arcam com a logística dos esquetes montados, ora nos reiventamos, ora nos solidarizando para tão somente motivar o ambiente de trabalho pela arte de representar.
Texto: Djairo Alves
Por Luciane Régio
A alegria sempre é bem-vinda!! Ainda mais se irradiada aos processos de trabalho, tornando-os mais leves, interessantes e acolhedores (acolhimento das diferenças, da diversidade, dos muitos jeitos de viver…).
Fiquei curiosa para conhecer o texto de vocês!! 🙂
Meio às tantas práticas por aí, baseadas no discurso do risco, julgamento moral, de bem e de mal, de certo e errado, higienistas… a arte pode ser uma boa forma de inovar, arejar, estabelecer uma comunicação com as pessoas que buscam os serviços de saúde…
O que eu quero dizer, é que fiquei pensando… e se eu estivesse buscando um atendimento em uma unidade de saúde, por necessidade, desespero, ou sei lá qual situação… buscando talvez até mais palavras do que algo e de repente, deparasse-me com a situação da minha vida sendo representada… como seria? Depende…
O quanto aquilo que assisto me atinge e como chega.
O quanto isso potencializa a vida em mim! Se me anima.
Se acolhe o modo como "consigo" viver a vida…
O meu jeito diferente, livre de convenções…
A arte do encontro, na arte!
Abraço,
Luciane