Utilização da Simulação no Programa de Práticas Médicas (PPM/UNOESTE) .

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A simulação na educação médica vem sendo cada vez mais utilizada, sendo uma realidade nos principais centros universitários do Brasil e do mundo. Seguindo essa tendência, a Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) se utiliza de Metodologias Ativas de Ensino e Aprendizagem para buscar a Formação de Profissionais Médicos a partir do Currículo por Competências. “Problemas de Papel”, muito próximos da realidade encontrada no Sistema Único de Saúde (SUS) fazem parte das Semanas Integradoras. Esses Problemas são utilizados nas Semanas Integradoras, sendo “abertos” com pequenos grupos de 8 a 10 estudantes e conduzidos por um Facilitador, docente da UNOESTE.

A partir da abertura do Problema, na Semana Integradora de Disciplinas, são oferecidos cenários para o desenvolvimento de Conhecimentos, habilidades e atitudes, com complexidades crescentes para cada termo. A criação dos cenários de apoio demanda um trabalho importante por parte da equipe de Professores responsáveis pela proposição curricular. Esses professores utilizam a simulação das práticas na criação dos cenários. Essa simulação é um importante instrumento aplicado na transição do modelo educacional, antes centrado no professor, alicerçado na relação mestre-aprendiz, para um modelo centrado no estudante, sendo baseado nas interações multidisciplinares, cada vez mais próximas da realidade profissional cotidiana.  Esses especialistas em Educação Médica tem uma grande preocupação com as necessidades dos pacientes, quando estão empenhados na construção dos cenários para simulação das práticas médicas.

Existem alguns encontros de proposição curricular na UNOESTE, Campus Presidente Prudente, nos quais podemos notar a preocupação dos docentes com a crescente demanda da sociedade por uma maior segurança nas práticas clínicas. Existe um incremento do custo médico para realização dessas práticas seguras. Dessa maneira, está justificada a criação de um pano de fundo ideal para a implementação de programas de simulação, nos quais se leva em conta a segurança do usuário do SUS.

Facilitadores são estimulados a fomentar o desenvolvimento de uma habilidade, nos futuros Profissionais Médicos, que não dependa da chegada aleatória de pacientes para o treinamento e a realização de procedimentos, podendo ocorrer em ambiente controlado com a presença de tutores experimentados e com consequências mínimas em caso de falhas, evitando a exposição dos usuários do SUS. Antes dos futuros profissionais executarem procedimentos, sob supervisão, nos usuários do SUS, eles executam, após contextualização realizada nas Semanas Integradoras, com os “Problemas de Papel”, simulações em “Bonecos”, no Laboratório de Habilidades e Simulação (LHabSim/UNOESTE). A partir do treinamento simulado, esperamos um aprendizado mais homogêneo entre os estudantes do Curso Médico, com menor dependência, progressivamente, do acadêmico em relação ao Facilitador. Dessa maneira esperamos que ocorra um aumento da segurança para os usuários do SUS, submetidos aos procedimentos treinados.
Após cada atividade simulada, os estudantes são estimulados a fazerem uma auto-avaliação, além da avaliação do cenário e do Facilitador.
Acadêmicos têm considerado como positiva sua participação nos cenários construídos a partir das Semanas Integradoras, utilizando Metodologias Ativas como o Problem Based Learning (PBL) na Universidade do Oeste Paulista.

Professoras do PPM envolvidas com a criação e desenvolvimento da técnica de simulação: Magda Neves e Lidelci Figueredo Bento

Professor colaborador com a publicação: Alex Wander

Referências:
SIMULAÇÃO EM EDUCAÇÃO MÉDICA: UMA MUDANÇA NECESSÁRIA.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp%3Fid%3D511&ved=2ahUKEwjEmcaKlIHmAhXPIbkGHWDlApcQFjAFegQIAhAB&usg=AOvVaw2aTA2N-wTUJGQqN6wnJpbJ
Consulta em 23 11 2019 às 18h 30min.