Compartilho por aqui este vídeo que aborda as questões de cuidado e a vida das mulheres com Márcia Tiburi e Cecília Sardenberg, compartilhado pelo Canal oficial da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) no Youtube.
Este episódio abre a série extra especial que introduz o tema da Semana de Inovação 2024: “Novas formas de cuidar”. Historicamente o tema do cuidado é algo inseparável do feminino. A mulher figura na esfera simbólica e subjetiva da nossa cultura como a responsável pela produção do trabalho do cuidado, se dedicando a esta tarefa de maneira ostensiva, seja quando se trata do cuidado com os filhos, com a casa, com o marido, com seus pais, entre outras inúmeras formas do cuidar que existem. A filósofa e escritora Márcia Tiburi e a professora titular de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, e editora da revista Feminismos, Cecília Sardenberg, se debruçam sobre a ideia do cuidado, lançando luz sobre suas implicações nas esferas tanto política, quanto econômica e social. Seria o trabalho do cuidado algo inerente ao feminino? Se sim, por que a divisão sexual do trabalho, conforme estudos feitos sobre variadas culturas, toma formas distintas em cada sociedade? Se o que determinasse a forma como a sociedade realiza a divisão sexual do trabalho fosse fundado em características inatas biológicas, como poderiam haver tais variações de sociedade para sociedade, já que todas elas possuem a mesma base biológica da espécie humana? Se a ciência revelou que cada sociedade produz os próprios padrões de gênero, é urgente lançar um olhar crítico do que a nossa sociedade produz ao criar padrões e estereótipos que resultam em exploração, abusos e violência. Qual é o papel do Estado para que o cuidado exista para todos e se torne uma responsabilidade social compartilhada? Vamos mergulhar neste debate essencial?
Por Marco Pires
Nós confundimos a riqueza com sua mera representação: o dinheiro. A riqueza é o resultado da existência humana em seus gestos para perseverar na vida. É possível acumular capital, acumular o direito ao acesso do que o dinheiro é a representação. Mas a produção da riqueza é obra da espécie em suas 40 mil gerações. Um indivíduo é incapaz de produzir riqueza sozinho, do mesmo modo em que não podemos nos erguer de um atoleiro, puxando os próprios cabelos. Não não há riqueza sem Maternagem. Não há caminho sem o primeiro passo.
Obrigado pelo post. Um grande abraço!