PNH promove o I Encontro da Frente de Mobilização Social

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"Movimento só é movimento quando busca outros movimentos" (Girlene de Jesus Almeida – Mobiliza RAPS)

Aconteceu hoje em Brasília o I Encontro da Frente de Mobilização Social promovido pela Política Nacional de Humanização (PNH – Ministério da Saúde).

O Encontro reuniu uma pluralidade de movimentos sociais como: Representantes do Movimento LGBT, do DST/AIDS, do sindicato dos servidores, da pastoral cristã, do movimento feminista,  articuladores do movimento negro, representantes do MST, do movimento de Educação Popular, do movimento da luta antimanicomial (Mobiliza RAPS, Aflore, Coletivo Estamira), representantes do movimento de humanização do parto e nascimento, membro do conselho da saúde indígena, grupos de economia solidária,  rede nacional de religiões afro-brasileiras, movimento de matriz africana e cigana, representantes da agroecologia (agricultura de grupo) e membros de comissões de direitos humanos.

Além dos movimentos sociais estavam presentes gestores vinculados ao Departamento de Gestão Estratégica e Participativa, representantes do Departamento de DST/AIDS, Rede Cegonha, consultores de coletivos estaduais da PNH, Nucleo Técnico, a frente RHS e a coordenação da PNH.

A ideia principal do encontro foi criar um canal de fortalecimento do papel dos usuários e dos movimentos sociais na formulação da Política Nacional de Humanização. Para isso, consideramos imprescindível ampliar os espaços de comunicação, de co-gestão, de troca, de produção de comum entre movimentos singulares, um espaço para o fortalecimento da potencia de ação coletiva.

O primeiro momento foi destinado á apresentações, a um espaço de escuta e narrativas de diferentes lutas, de diferentes bandeiras que confluem para o processo de democratização e qualificação do SUS.

Na sequência, foi aberto um espaço para análise, para reflexões e construção de possíveis leituras críticas do atual cenário ético-político brasileiro, da posição de cada movimento na relação com o SUS, com ensaios da marca que podemos imprimir nesse processo de mudança.

Encaminhamentos foram definidos no sentido de estabelecermos esse espaço como um Fórum permanente  para a formulação de estratégias conjuntas de fortalecimento do controle social do SUS, da educação permanente e da participação dos usuários na formulação das politicas  de humanização. Essa frente nacional, assumiu um compromisso de capilarização de sua ação nos diferentes estados e municípios ali representados, nas conferencias municipais e estaduais de saúde. Esse grupo também terá papel decisivo na contrução da participação dos usuários e movimentos sociais no Seminário Nacional da PNH.

A RHS foi ofertada como um espaço especial para a continuidade desse movimento nas redes sociais e como uma arena para que os diferentes movimentos sociais pudessem publicizar suas experiências, suas lutas, afirmar o SUS que queremos . Além disso, a comunidade “Em defesa do SUS” presente na RHS também será um espaço para aquecer, qualificar e sustentar a comunicação entre esses diferentes movimentos ao longo desse novo projeto que se inicia.

Foi um privilégio poder presenciar esse momento que cria uma nova conjuntura de forças na PNH, e reposiciona a relação da política com os usuários e por tanto com o SUS. Criar comum entre índios, negros, mulheres, movimentos religiosos, ciganos, sem terra e diferentes gerações de militantes, foi uma experiência muito apropriada para criar um espaço experimental do que pode o encontro na diferença, diferença e singularidade que hoje grita nas ruas do Brasil e que pode encontrar canais para que esse grito produza novos agentes políticos, uma nova ecologia comunicacional, um novo modo de produzir política pública de saúde.

Em tempos de copa, gol de placa da Frente de Mobilização Social!

Coordenação/PNH:

– Alexsandra Cardoso Souza
– Carlos Alberto Severo
– Cecília de Castro
– Cesar Gustavo Ramos
– Cleusa Pavan
– Gustavo Nunes
– Jimeny Santos
– Paulo Moraes
– Rose Delgado
– Sabrina Ferigato
– Sheylla Maria de Moura Rodrigues
– Stella Maris Chebli