Momento do encontro da semana de Humanização em Jaraguá do Sul, onde refletimos sobre a atuação da rede social na cidade.
6 Comentários
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Por Nelson Curica
Bacana tuas palavras Luciane, obrigado. Estamos todos juntos nessa ideia de interpretar e mudar o mundo, pra melhor, né não? Pois então. Abramos os braços e nossas carapaças pra sentir no peito o abraço dos sentimentos importantes, e no rosto a briza que passa depois da tempestade.
Forte abraço
Nelson Curica
Por deboraligieri
Muito bacana esse vídeo, Nelson! Sempre ouço falar sobre o acolhimento mas nunca tinha visto uma representação tão material desse conceito.
Reconheci nele uma história que ouvi de uma enfermeira do interior de São Paulo na IV Mostra de Atenção Básica em Brasília, integrante do Programa Saúde na Escola. Ela me contou que havia uma criança que apresentava um quadro parecido com desnutrição, e que a diretora da escola solicitou que fosse verificado o que ocorria com a menina. Conversando com os professores e colegas e com a própria aluna, a enfermeira descobriu ser um caso de diabetes, e que vários alimentos importantes para o bom crescimento da menina haviam sido retirados de seu cardápio alimentar da escola por orientação dos pais, epor isso ela estava extremamente fraca. A enfermeira então chamou os pais para uma conversa e, questionando sobre a data do diagnóstico e o profissional que dela cuidava, percebeu que o diagnóstico tinha sido feito pelo próprio pai, portador de diabetes tipo 2, que fez o teste de glicemia na menina (mas não sabia ao certo em qual horário) e verificou um resultado de 126 mg/dl (este é um resultado normal se a pessoa acabou de se alimentar, segundo os critérios da Sociedade Brasileira de Diabetes) e depois disso começou a tratá-la como portadora de diabetes. A enfermeira, descobrindo que eles não tinham levado a menina em consulta na UBS porque não conseguiam marcar, ligou diretamente para a UBS e conversou com o ACS que atendia a família e pediu que uma consulta fosse marcada com urgência, e assim a criança pôde receber orientação e diagnóstico corretos.
Comparando essa história com o que ouço de pais e mãe nos grupos de facebook sobre os procedimentos das escolas particulares em relação a crianças portadoras de diabetes (são inúmeras queixas de não aceitação da criança na escola pelo fato do diagnóstico e até casos de omissão de socorro em episódios de hipoglicemia e hiperglicemia), vejo que a humanização do serviço de saúde no Brasil é um modelo que deve ser implantado também em outras áreas, como forma de preservar a vida, a saúde e o bem-viver dos cidadãos desde a infância.
Obrigada por colocar este vídeo aqui!
Abraços,
Débora
Por Nelson Curica
Pertinentíssima tua inferência Débora. Sabendo que de médico e louco, todos temos um pouco, e lembrando as palavras de um tal Agostinho que virou santo, mas dizem era profundo como um poço, sendo "a imaginação a memória enlouquecida", todo cuidado é pouco. Né não?
Forte abraço
Nelson Curica
Por patrinutri
Vínculo e acolhimento!
Ativação de redes sociais e vínculo são muito importantes no dia a dia da saúde.
Afeto, deixar afetar-se é um elemento fundamental no dia a dia da saúde.
Parabéns pelo trabalho todas as soluções apresentadas são caminhos importantes no dia a dia. O pior inimigo é não tentar, é a falta de perspectiva para fazer algo.
Isto além de não ajudar no momento produz um sentimento de impotência muito adoecedor no trabalhador de saúde/educação.
Estudo de caso e matriciamento empodera o trabalhador, ativa linhas de cuidado e possibilita o fortalecimento do trabalho em equipe!
Jaraguá do Sul dá exemplo de saúde coletiva!
Grande abraço,
Patrícia S C Silva
Por Nelson Curica
Patrícia, tuas palavras são um grande alento para quem, como nós, vive uma realidade um tanto invertida. A luta pela humanização na nossa região é quase uma luta inglória. A insensibilidade e os desmandos no uso indevido do poder torna, a necessidade de uma infinita paciência histórica, mais que uma utopia, uma realidade cotidiana. Jaraguá não tem sido verdadeiramente um exemplo de saúde coletiva, quiça consigamos sobreviver para contar a história dos vencedores…e a dos vencidos.
Forte abraço
Nelson Curica
Por Luciane Régio
O vídeo ativa várias memórias, de situações vividas!
Esses caminhos do acolhimento, especialmente, pelo vínculo afetivo mais estreito e possível; a clínica ampliada, em que todos fazem clínica!
Gostei muito, abs,
Luciane