CONFIRA O QUE PODE UMA PLENÁRIA POPULAR DE SAÚDE DA REGIÃO NORTE DE SP
Carta/informe sobre a VIII PLENÁRIA POPULAR DE SAÚDE DA REGIÃO NORTE SP
A comissão organizadora das Plenárias Polpulares de Saúde esteve reunida no dia 19 de agosto de 2014, avaliando o Seminário sobre Modelos de Atenção em Saúde, realizado na Fabricas de Cultura da Vila Nova Cachoeirinha em 26 de julho, e a Plenária Popular do dia 06 de agosto na Igreja Santos Apóstolos.
No que diz respeito ao Seminário, consideradas algumas ressalvas sobre as dificuldades iniciais com o equipamento e o tempo escasso para discussão no final das apresentações, consideramos que a inciativa foi muito positiva e o objetivo de dar a conhecer o projeto que está na base da ESF e da UBS integral foi alcançado. Entretanto, muitas dúvidas ainda permanecem e muitas reivindicações estão por ser atendidas visando a uma maior qualificação da atenção à saúde de nossa população.
O Seminário ajudou muito “porque partimos do zero” segundo algumas apreciações. Foi um espaço que ajudou na formação de usuários e conselheiros em relação às políticas de saúde em implementação na região. Além disso, tivemos a presença de um número expressivo de usuários da região norte, além de trabalhadores da região leste que souberam, através da RHS, do tema a ser trabalhado e se interessaram porque precisavam se esclarecer sobre a questão.
Com isso, concluímos que precisamos dar continuidade a este tipo de atividade e que espaços em que apresentamos e discutimos questões conceituais que têm implicações nas práticas de saúde que nos são apresentadas são de fundamental importância enquanto exercício de cidadania e de protagonismo cidadão.
Com referência à Plenária Popular do dia 6 de agosto, seu objetivo era ouvir do Secretário Adjunto da Saúde Dr. Paulo de Tarso Puccini, nosso convidado, as considerações a respeito do debate UBS INTEGRAL versus ESF. Na ausência dele, contamos com a presença do Coordenador Regional Dr. Alberto, que apresentou a proposta da UBS INTEGRAL e respondeu aos questionamentos que foram apresentados.
Também aí, consideramos positivo o movimento de esclarecimento de algumas questões, embora muitas outras tenham ficado sem resposta e embora tenha ficado claro que a angustia é grande, que a ansiedade é alta, que se quer uma melhora rápida das condições de saúde e que a questão é complexa.
Positivo também o fato de se enfatizar que está faltando maior inclusão do povo que “é dono das Unidades” nas deliberações sobre reformas, por exemplo. Por esta via podemos falar da necessidade de projetos co-geridos de ambiência.
Mais um ponto positivo foi o surgimento de uma outra proposta importante : a construção do Conselho da Coordenadoria de Saúde.
Houve também uma afirmação peremptória de que UBS integral não se contrapõe à Estratégia de Saúde da Família.
Importantíssimo ressaltar, ainda, algo de muito valor que foi o fato da Coordenadoria Norte estar focando muito mais a questão da Integralidade do cuidado, princípio que tem que ser garantido em todos os pontos da rede, em vez de se apegar à UBS integral como panacéia para a solução da integralidade. Haverá também um estudo unidade por unidade para se avançar na integralidade do cuidado.
Por fim, houve a afirmação da existência de uma política salarial que venha a garantir melhores condições salariais para trabalhadores da saúde.
Com tudo isso, a comissão avaliou a importância do investimento no movimento das Plenárias e como continuidade propôs e encaminhou uma solicitação, para o Dr. Alberto, Coordenador Regional, de uma reunião para juntos verificarmos o quanto de nossas reivindicações, entregues no ano de 2013 à Dra Iara, coordenadora na ocasião, e ao Secretário da Saúde, em evento público, foram alcançadas e o que ainda está pendente no tempo.
A proposta é trabalhar com isso em nossa próxima Plenária para definirmos as estratégias para o alcance daquilo que consta de nosso Documento de janeiro de 2013 e que ainda não se conseguiu alcançar.
Também, estamos propondo um II Seminário sobre Modelos de Atenção em Saúde, para o dia 8 de novembro e a realização da IX Plenária popular no dia 24 de setembro as 19 horas, aguardando confirmação do espaço na Igreja Santos Apóstolos.
Consideramos exitosas nossas Plenárias, pela formação que propicia e pelo conhecimento das realidades que envolvem a saúde pública, tanto em suas virtudes e vantagens bem como em suas fragilidades, pela explicitação pública do compromisso do poder público para com o atendimento das carências e necessidades e para com as reivindicações do povo.
Queremos manter as plenárias, como representação legitima do povo de nossa região, devidamente representadas por trabalhadores, usuários e conselheiros, gestores da saúde, movimentos sociais e a Pastoral da Saúde Arquidiocesana de São Paulo, apoiados pela PNH-MS, e numa parceria com as Supervisões Técnicas, Coordenadoria da Região Norte e Secretaria da Saúde de São Paulo.
Assinado: Comissão organizadora das Plenárias Populares de Saúde Norte
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
E pode potencializar ainda mais os próximos encontros que virão com este post esclarecedor da importância da questão.
Cleusa conta que trabalhadores da zona leste estiveram presentes porque haviam visto na RHS a organização do encontro.
Esta é uma das funções, a ativação de redes, que aumenta o coeficiente de transversalidade por congregar companheiros de outros locais mais distantes. Funçáo fundamental numa cidade de proporções como a nossa.