O SUS tem como um dos seus princípios, definido na constituição federal, a participação social, na perspectiva de democratizar a gestão. Para isso, é necessário a formação dos conselhos de saúde, no âmbito nacional, estadual e municipal. Estes conselhos devem compor: trabalhadores, gestores e usuários. No entanto, a participação social não deve ser restrita as instâncias formalizadas. Ela deve ser valorizada e incentivada no dia-a-dia dos serviços no SUS.
A gestão não deve ser entendida como um lugar ou um espaço que é campo de ação exclusiva dos especialistas. É necessário ampliar este conceito: todos fazem gestão. A este modelo de gestão ampliada, chamamos de cogestão. O que significa a inclusão de novos sujeitos no processo de gestão, formando uma organização conjunta que assume o papel de que todos são gestores dos seus processos de trabalho. No entanto, o prefixo "co" indica não somente a adição de novos sujeitos, mas também novas funções para esta gestão. A inclusão desses novos sujeitos traz como efeito a ampliação da implicação e corresponsabilização do cuidado, além de ser um espaço pedagógico, lugar de aprender e de ensinar, um espaço de aculturação, produção e socialização de conhecimentos.
