Apoio institucional
O apoio institucional à cogestão de processos complexos articula a produção de bens e serviços com a produção de instituições, organizações e dos próprios sujeitos. Baseia-se num método de gestão para a elaboração, implementação e execução de projetos e políticas públicas, enquanto apoia a construção de sujeitos individuais e coletivos. Pode também, ser incorporado pelos coletivos organizados sem a necessidade de um agente externo.
O apoiador institucional revela uma potência que mesmo com a possibilidade de controle e autoridade sobre o grupo, pode facilitar diálogos, mediar conflitos, ampliar as possibilidades de reflexões e trazer ofertas relevantes para o processo de trabalho e para a cogestão. É diferente das tradicionais assessorias e consultorias. Atua em conjunto com as equipes, apoiando a análise, elaboração e planejamento de tarefas e projetos de intervenção. Assume o compromisso com as equipes e não somente com a alta direção da instituição. Além de trazer diretrizes dos níveis superiores da gestão e analisar o contexto externo ao grupo.
PEREIRA JUNIOR, Nilton; CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa. O apoio institucional no Sistema Único de Saúde (SUS): os dilemas da integração interfederativa e da cogestão. Interface (Botucatu), Botucatu , v. 18, supl. 1, p. 895-908, Dec. 2014 . Available from <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832014000500895&lng=en&nrm=iso>. access on 05 May 2015. https://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0424.
Por Emilia Alves de Sousa
Olá João,
Muito pertinente esta discussão sobre o apoio no processo de cogestão. O apoio entendido como um dispositivo de intervenção nas relações de trabalho no intuito de alterar os modos de cuidar e de gerir, ampliando a comunicação e o o protagonismo nos processos decisórios.
Compartilho aqui uma citação sobre o tema que gosto muito.
Exercer o apoio institucional é atuar em função de: ativar espaços coletivos, arranjos e dispositivos pela interação com os agentes sociais; reconhecer e propiciar a análise das relações de poder, afeto e saberes que levem a projetos compartilhados; articular a elaboração de objetivos comuns, pactos e compromissos propiciadores de corresponsabilização; disparar processos de formação profissional; e contribuir para expandir a capacidade crítica das equipes de saúde (Campos, 2000; Mori, Oliveira, 2009).
Abraços!
Emília