Encontro discutiu compromissos do Brasil para o enfrentamento da obesidade infantil
Sou residente do programa de RMS do HU-UFGD e esta postagem faz parte de uma atividade da disciplina SUS ministrada pela professora Cátia Paranhos.
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) realizou nos dias 14, 15 e 16 de março, em Brasília, o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil. O evento debateu as estratégias para o cumprimento dos compromissos para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país e faz parte da implementação da Década de Ação das Nações Unidas para a Nutrição (2016/2025), que incentiva o acesso universal a dietas mais saudáveis e sustentáveis.
O encontro teve a presença de representantes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), do Centro de Excelência Contra a Fome/Programa Mundial de Alimentos (PMA) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O evento contou também com a participação de representantes de órgãos nacionais e internacionais envolvidos com saúde e nutrição de 12 países, incluindo o Brasil.
O governo federal assumiu o compromisso de atingir três metas, até 2019: deter o crescimento da obesidade na população adulta, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial de 20,8% para 14% da população e ampliar em, no mínimo, de 36,5% para 43% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente. As ações para o cumprimento dos compromissos serão articuladas no âmbito da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).
Temas mais discutidos
Todos os países presentes no encontro apresentaram seus compromissos para a Década de Ação das Nações Unidas para a Nutrição. Os pontos mais destacados foram:
- adequação das quantidades de açúcar, sódio, gorduras totais, gorduras saturadas e gorduras trans dos alimentos processados e ultraprocessados;
- adoção da rotulagem frontal com alertas sobre excessos de açúcar, sódio, gorduras totais, gorduras saturadas e gorduras trans;
- regulamentação da publicidade infantil visando à proibição de propagandas de alimentos não saudáveis direcionadas a crianças e adolescentes;
- investimento na educação nutricional e estímulo à atividade física nas escolas;
- regulamentação das cantinas escolares visando à proibição da venda de alimentos inadequados no ambiente escolar;
- promoção de ambientes saudáveis para que a população possa realizar atividades físicas;
- promoção da saúde da gestante e incentivo ao aleitamento materno.
Os desafios são inúmeros, precisamos discutir sobre esse assunto e pensar: quais estratégias e alternativas podemos implementar para contribuir com esses compromissos e tentar frear a obesidade no nosso país?
Por catia martins