Você conhece o conceito de “mídia tática”? Você sabia que a RHS oferece um curso audiovisual em cinco lições sobre o assunto?
(Jailtão, 1999)
Arte e ativismo
O quanto nós podemos misturar essas duas coisas?
Essa questão, posta por artistas e ativistas desde o caldo primordial da contracultura, adquire uma importância cada vez maior em nossos dias. Ela ganha tanto mais força, quanto mais se acirra a revolta contra a apropriação privada do espaço público realizada pela propaganda e o marketing e contra esse fluxo unilateral da comunicação que nos impõe uma versão mercantilizada da vida. A questão sobre a mistura arte-ativismo ganha tanto mais importância, quanto não se aceita essa subordinação da máquina comunicacional ao consumismo e se está considerando agir. O resultado foram movimentos como o culture jamming, os adbuster, o “subvertising” e outras “semióticas de guerrilha”.
Pode-se dizer que, numa “sociedade do espetáculo”, a luta política fica constrangida a ter que incorporar um uso tático da arte e, vice-versa, a arte…
Mídia e ativismo
Parece que se tornou impossível não misturar essas duas coisas!
Em especial, na era das mídias eletrônicas e sociais, quando as condições de produção e difusão audiovisual se colocam “ao alcance da mão”. Quando passa a valer, como nunca, a máxima do ativismo tático: “não odeie a mídia, seja a mídia!”
Define-se mídia tática como um modo de reapropriação do espaço público comunicacional, baseado nas invenções de uso tático, na ação política, das ferramentas simplificadas e acessíveis de produção e difusão social de conteúdo midiático. Embora frequentemente se utilize a expressão para designar um certo estilo de uso tático das mídias e um certo tipo de ativismo político, quase sempre de caráter opositor e contestador (como prevalece no verbete da Wikipedia hiperlinkado acima), nós a estamos tomando num sentido ampliado, desginando todo tipo de intervenção no campo midiático que reverta, de alguma forma, “o fluxo de mão-única de comunicação e poder” e instaure a possibilidade de ocupação do “espaço público publicitário” por outras narrativas.
Ora, mas essa não seria uma boa definição do que representa uma plataforma como a RHS?
Sem dúvida! A RHS pretende ser, sobretudo, uma importante facilitadora do uso tático das mídias sociais e da produção de um “espaço público publicitário” que acolha e dissemine outras narrativas a respeito do SUS.
E é nesse sentido, isto é, aprofundando essa missão de apoiar projetos cidadãos de mídia tática, que a RHS oferece, além da própria plataforma (enquanto praça pública, ponto de encontro, base comum de compartilhamento, trocas e estocagem de conhecimentos), um curso rápido de mídia tática em 5 lições audiovisuais:
Uma contribuição da RHS para a ampliação das capacidades expressivas multimídia de todos que tenham histórias para contar sobre o “SUS que dá certo”, utilizando-se apenas dos recursos disponíveis para qualquer um que esteja podendo ler este post: um smartphone ou um tablet ou um computador + acesso à internet.
Você pode fazer esse curso completo imediatamente (tempo total: 21’25”) ou mais tarde, deixando este post salvo entre os favoritos.
Estes tutoriais de mídia tática também se encontram permanentemente disponíveis na página de “ajuda” da RHS.
Use e abuse!
Por ruiharayama
Que post maravilhoso! Muito importante produzir a autonomia dos atores do SUS para que eles possam produzir o próprio conteúdo. Lembro que além dos programas de edição, existem os que são Softwares Livres.
Bravo! Bravo!