A Educação Popular em Saúde utilizada como parte da Formação Médica no PAPP/FAMEPP/UNOESTE

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A Educação Popular em Saúde (EPS) faz parte da formação médica no Programa de Aproximação Progressiva à Prática, da Universidade do Oeste Paulista, no Campus de Presidente Prudente, SP (PAPP/FAMEPP/UNOESTE), desde o primeiro termo do Curso. Ela possibilita o contato direto dos futuros médicos com a população que reside nos territórios de 07 Estratégias Saúde da Família (ESFs), localizadas no município de Presidente Prudente, no interior de SP. Facilitadoras do PAPP utilizam a Metodologia Ativa da Problematização para estimular a construção de Planos de Ação, com foco na Política Nacional de Promoção à Saúde.
As Ações de Educação Popular em Saúde, realizadas pelos futuros médicos permitem estabelecer diálogos que levam à aprendizagem sobre diversas realidades dos sujeitos envolvidos.
A “EPS” pode ser entendida como uma “maneira particular” de reconhecer e enfrentar os problemas de
saúde, por meio do diálogo com a população.
Acadêmicos do PAPP/FAMEPP/UNOESTE são inseridos como membros das equipes interprofissionais das ESFs e são estimulados a terem respeito pela cultura dos usuários SUS, reconhecendo os seus saberes como válidos. Os estudantes têm como substrato teórico, a “Educação Popular”, formulada pelo autor Paulo Freire  no Brasil.
A Facilitadora utilizou o “Arco de Maguerez”, para estimular a “Reflexão na Ação”, após a “Roda de Conversa” dos Acadêmicos com os usuários SUS, com foco na “Prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs)”.
Acadêmicos consideraram a importância da “EPS”, constituída no contexto de “lutas populares e formulações teóricas em prol das melhores condições de saúde para a comunidade”, ligadas ao Movimento Sanitário Brasileiro a partir da década de 1970.
A Docente complementou, explicando que os trabalhadores da saúde, os estudantes e os professores
universitários, juntamente com alguns segmentos da igreja e movimentos sociais (cristianismo, humanismo e socialismo) se uniram para elaborarem um movimento para romper com as práticas hegemônicas de Educação em Saúde, que tinham caráter preventivista e eram alicerçadas na “Biomedicina”. Essas ações antigas, se materializavam em “prescrições de comportamento” feitas de forma unilateral pelos profissionais de saúde, com foco no “Modelo Biomédico”.
Acadêmicos consideraram, nos Portifólios Reflexivos, que a “EPS” procura, além de construir uma consciência sanitária capaz de reverter o quadro de saúde da população, “intensificar a participação popular”. Dessa maneira ela contribui para a “Promoção da Saúde”.
A EPS entende que o aprendiz possui um “saber prévio”, construído em sua história de vida, trazido das suas práticas “social e cultural”. Esse “saber” do usuário SUS deve ser o “ponto de partida” para que ele adquira “novos conhecimentos”.
A Docente explicou que a educação é como um “processo de busca e de invenção ou reinvenção”. Ela parte da ação e da reflexão do homem sobre o mundo, para poder transformá-lo.
Acadêmicos consideraram que “utilizar” a “problematização das experiências ou das situações vividas pelos usuários SUS”, é um desafio para a transformação e, portanto, uma fonte
para a organização do conteúdo do processo educativo.
Os participantes consideraram como positiva a ação de Promoção à Saúde, realizada mo território de uma ESF no interior de SP.

Referência:
Caderno de Educação Popular em Saúde.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url=https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_educacao_popular_saude_p1.pdf&ved=2ahUKEwjt16v6zrmBAxVSLLkGHSVbDtgQFnoECCQQAQ&usg=AOvVaw1ZIYI12c4h_SNSDvyVUmJx
Acesso em 19 09 2023, às 15h 23min.