Shirleide Martins Cavalcante de Morais – Enfermeira / Farmacêutica / Preceptora/Funcionária pública. Aluna do Mestrado Profissional em Ensino na Saúde (MPES) FAMED /UFAL.
Coordenadores da Disciplina de Humanização da Saúde do MPES-FAMED/UFAL: Profº Dr. Sérgio Seiji Aragaki e Profª Drª Cristina Camelo de Azevedo.
Na manhã do dia 22/05/2018, na Unidade de Saúde Dr. José Araújo da Silva, foi realizado uma roda de conversa com o objetivo de discutir sobre o Acolhimento na prática e na teoria enquanto diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH, 2006). Participaram da roda os agentes comunitários de saúde. As atividades iniciaram com a apresentação de algumas questões para avaliar o conhecimento acerca da temática.
As questões contemplaram os seguintes aspectos: “O que é acolhimento?”, “Para quem é direcionado este acolhimento?”, “Como posso contribuir?” e “Quais as consequências?”. Posteriormente a facilitadora fez uma apresentação referenciada na PNH e com isso pôde-se abrir o espaço para discussão confrontando o que foi respondido no questionário com o que foi apresentado.
Foi tratado também alguns pontos:
1-Postura/prática do profissional de saúde frente ao usuário em seu processo de trabalho individual e em equipe.
2-Ação gerencial de reorganização do processo de trabalho da unidade de saúde visando melhor atender aos usuários e ampliar a capacidade de identificar e resolver os problemas.
3 – Foi apresentado uma proposta de fluxograma.
Vale ressaltar que o ACS é um agente transformador na medida em que ao conhecer a realidade e as reais necessidades da comunidade, tem a possibilidade de educar, orientar, bem como fazer a mediação com o serviço, proporcionando assim a melhora na qualidade de vida e da saúde da população.
Dessa forma, esses profissionais estabelecem vínculo, ouvem e buscam ajudar o usuário e sua família a sanar suas necessidades, objetivando bem estar a eles. Por esse motivo, a formação oferecida aos mesmos é determinante na construção da habilidade e competências, que possibilitam construírem espaços de trocas e cumplicidade da comunidade com o serviço de saúde e estabelecendo desta maneira o vínculo entre ambos.
O acolhimento tem por objetivo otimizar o acesso da demanda ao serviço de saúde, de modo a atender as suas necessidades, de forma humanizada através da comunicação e do ouvir, atendendo o sujeito de maneira integral. Devemos assim entender que o acolhimento auxilia na defesa do SUS na medida em que possibilita a construção de uma aliança entre serviços e usuários, de maneira a deixar o sistema mais forte e eficaz.
O processo de trabalho torna-se mais qualificado e resolutivo em conjunto com ações voltadas ao acolhimento, uma vez que o ato de acolher fortalece o Estratégia de Saúde da Família (ESF), pois mobiliza a sensibilidade dos profissionais, requerendo uma ação reflexiva, desenvolvimento ético e solidário para escutar e dialogar, valorizando desta maneira o ser humano e cidadão, usuário do serviço. (SANTOS, 2011).
Por fim, a roda propiciou um momento bastante produtivo e reflexivo. Pois, com essa ferramenta pode-se criar um espaço de diálogo, em que se pode expressar, trocar experiências, expor ideias, compartilhar conhecimentos, conseguindo assim atingir uma integração entre o fazer, o saber, o conviver e o ser!
https://redehumanizasus.net/acolhimento-nas-praticas-de-producao-de-saude/
AbraSUS!
Referências bibliográficas:
SANTOS IMV , SANTOS AM. Acolhimento no Programa Saúde da Família: Revisão das abordagens em periódicos brasileiros. Revista salud pública, Bogotá. 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização (PNH): HumanizaSUS – Documento-Base. 3. ed. Brasília, 2006
Por Jorge Alves
Boa tarde, Shirleide!
Achei seu post muito bom, pois mostrou um momento de aprendizagem, de troca de conhecimento acerca de um tema muito importante que precisa se fazer presente no dia a dia de todos envolvidos e comprometidos com o SUS! Parabéns! Uma ideia muito interessante a abordagem com esta categoria profissional que acolhe e é acolhida: os agentes comunitários de saúde.