Alimentos ultraprocessados: um problema de saúde pública

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Nas últimas semanas, por coincidência ou não, artigos sobre o impacto negativo dos alimentos ultraprocessados sobre a saúde individual e coletiva foram abordados em um texto sobre vício em comida e outro sobre o aumento do risco de câncer em pessoas que consomem grande quantidade de bebidas adoçadas.

O texto sobre vício em comida, publicado em meu blog, fala de como o consumo de alimentos ultraprocessados podem levar a quadros semelhantes de dependência como drogas ilícitas, tabaco e álcool e como a revolução industrial e tecnológica influenciaram nesse processo.  Poucos dias depois, um texto publicado na BBC News Brasil questiona se deveríamos tratar o açúcar com lidamos com o tabaco, em relação às politicas regulatórias. O ponto de partida do segundo texto, foi o estudo publicado na na revista British Journal of Medicine correlacionou o aumento do consumo de bebidas adoçadas, seja com adição de açúcar ou mesmo os sucos 100% integrais, foram associados ao aumentou em 18% o risco de câncer no geral, em especial câncer de mama, que aumentou em 22%.

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), juntamente com outras sociedades médicas, defende a rotulagem r dos produtos industrializados de forma que seja facilmente identificável pela os alimentos que contenham grandes quantidade de sal, açúcar e gordura saturada. Esse tipo de medida fez o consumo desses alimentos caírem no Chile.

O passo seguinte passaria pelo aumento da tributação de bebidas adoçadas e alimentos ultraprocessados. Países como o México, Peru e Chile seguiram a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e aumentaram a tributação de refrigerantes. Infelizmente, o Brasil demonstrou estar na contramão dessa estratégia ao aumentar o benefício fiscal para a produção de refrigerantes.

Esse assunto deu origem a um comentário publicado no portal da Sociedade Brasileira de Diabetes que reforça a necessidade de consideramos os alimentos industrializados ultraprocessados um risco à população.

O assunto é ainda bastante controverso. Ainda nos faltam resultados que comprovem o benefício das políticas públicas para redução do consumo de açúcar e alimentos ultraprocessados para o combate da obesidade e suas consequências.

Se você quiser saber mais sobre o assunto, sugiro que siga os links nos textos:

Um abraço,

Suzana