Prazer, meu nome é Christian. Atualmente faço parte do Projeto Itinerâncias da Clínica Psicossocial – Rede de Acompanhantes Terapêuticos do curso de Psicologia da Faculdade Integrada de Santa Maria (FISMA), orientado pelo professor Douglas Casarotto. Atuando no acompanhamento terapêutico de usuários do respectivo CAPSII da cidade (CAPS Prado Veppo).
Bom, sou o primeiro membro do projeto a trazer uma reflexão acerca das questões que cercam a Redução de Danos sem estar vinculado ao campo AD. Muito embora, o olhar e a prática da RD encontra-se em diversos casos que em grande parte não se associam, sintomaticamente falando, aos casos de um CAPSad. Com isso, busco trazer aqui um olhar desvinculado às definições e polarizações relacionadas às práticas de redução de danos e abstinência. Portanto, um breve estímulo de reflexão acerca da contextualização dos conceitos de autonomia.
Utilizando do estudo de “Processos de autonomização em saúde mental”, de Marciana Zambillo e Analice de Lima Palombini, temos um norte primário: com qual conceituação de autonomia as políticas públicas brasileiras operam?
Utilizando o campo da psicose como exemplo, é necessário compreendermos o outro, como o outro. Um olhar que não compete a associação estrutural da forma como idealizamos e constituímos nossa caracterização de perspectiva de vida. Portanto, o significado e o lugar da droga, por exemplo, no campo da psicose, é inerente ao nosso olhar.
Partindo desse pressuposto, entramos em um campo onde cada sujeito é detentor de tal significado, como trazem diversos autores, da sua própria poieses. Seguindo tal conceito, chegamos em um ponto que diversas práticas crônicas não dão espaço ao papel de significante do usuário (aquele que ao ato de conhecer a realidade também a produz), sendo maiores potenciais de uma certa “introjeção” de um conceito definido de autonomia ideal, de uma realidade sem produção dela mesma, como traz Kastrup e Passos (2013). Portanto, contextualizando com a realidade e justificando tal pressuposto, hoje vemos diversos usuários cronificados na sua relação com a rede, por exemplo. Em diversos destes casos é suscetível ao nosso olhar associarmos isso a significado de bem-estar, pelo fato da singularidade de cada demanda diante às tantas.
Porém, deixo aqui, a reflexão acerca do que consideramos dependência e autonomia apriori. Afinal, quando há cronificação em saúde mental, há autonomia?
Por Raphael Henrique Travia
Oi Christian,
Seja bem vindo á Rede HumanizaSUS!
Que tal colocar uma foto no seu perfil para que a turma da RHS te conheça um pouco mais?
Você também pode inserir figuras ou vídeos dando maior destaque em suas postagens.
Temos ajudas da RHS no link: https://redehumanizasus.net/ajuda
Acredito que sempre há possibilidades de autonomia, mesmo diante de pacientes crônicos e alguns modos de trabalho por vezes engessados dentro do que nos é possível oferecer.
Eu prefiro a Redução de Danos como estratégia majoritária na linha de cuidado ofertada aos usuários.
Deixo como sugestão a leitura deste post da Laís Rosa, sobre a redução de danos e a abstinência:
https://redehumanizasus.net/o-homem-que-vivia-em-abstinencia-de-alegria
AbraSUS,
Raphael.