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Em 2018 tive a oportunidade de conhecer a Política Nacional de Humanização (PNH), por meio do Curso de Apoiadores da PNH, ofertado pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (SESAU/AL), pela plataforma Educ@sesau (educasesauead.saude.al.gov.br), criada para ofertar qualificações para seus servidores.

Uma das atividades do curso precedia o projeto de intervenção a ser apresentado como condição para finalização do curso. A atividade era realizar uma roda de conversa. A princípio, por não ter familiaridade com a PNH, em sua legislação, imaginei que seria algo difícil. Passando a conhecer, descobri que já fazia algumas ações prevista na PNH, como integrante da SESAU/AL, atuando na Superintendência de Planejamento, Gestão e Participação Social – SUPLAG, como Assessora Técnica. E assim, foi realizada uma “roda de conversa” no dia 09 de outubro de 2018, de modo bem informal, com a preocupação de propiciar espontaneidade entre os participantes, isto é, deixá-los à vontade para se posicionarem.

No momento, ao adentrar  no universo da ‘Humanização em Saúde”, deparei com ferramentas e dispositivos para consolidar redes, vínculos e a co-responsabilização entre usuários, trabalhadores e gestores. Tendo conhecimento que posso direcionar estratégias e métodos de articulação de ações, saberes, práticas e sujeitos, para efetivamente potencializar a garantia de atenção integral, resolutiva e humanizada. Por humanização compreendemos a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde. Trazendo para minha realidade, para minha prática diária, por exemplo, que estou sempre buscando novas estratégias formas de intensificar e propagar, já que tem sido visto e apontado positivamente para o serviço.

Como exercício, de um determinado módulo vinculado a “Diretriz: Gestão Participativa e dispositivos associados”, realizei a minha primeira roda de conversa, com muita cautela, ante ao cenário da governabilidade, tendo a preocupação em não criar expectativas que não sejam executáveis; optei por uma conversa informal pautada na melhoria do fluxo de processo de trabalho diário, o qual a equipe tem governança para intervir no processo que não esteja funcionando bem. E a depender do caso, levar para outra instância que tenha o poder de resolubilidade.

A SUPLAG tem as seguintes atribuições constantes do Regime Interno da SESAU vigente (Decreto Nº 60.617, de 23 de agosto de 2018, publicado em Diário Oficial do Estado de alagoas – DOE/AL, em 24 de agosto de 2018): I – prestar assessoria direta ao Secretário de Estado da Saúde, relativamente aos assuntos de planejamento, gestão e participação social do SUS; II – promover a articulação intra e intersetorial da Saúde com outras instituições afins, visando à execução das políticas adotadas e à integração das ações governamentais de saúde no âmbito do Estado; III – coordenar e supervisionar a execução das atividades relativas à elaboração, acompanhamento e avaliação do Planejamento do SUS; IV – promover e coordenar o processo de elaboração, monitoramento e avaliação dos instrumentos legais de planejamento do SUS; V – assessorar e acompanhar as Comissões Intergestores Regionais na efetivação do processo de regionalização no SUS junto aos municípios do Estado de Alagoas; VI – fortalecer o processo de participação e controle social do SUS; VII – acompanhar as ações das Gerências e Assessorias Técnicas vinculadas; VIII – representar o gabinete do Secretário em reuniões, seminários, congressos e em outras atividades quando delegado ou quando se fizer necessário; IX – participar da elaboração, execução, acompanhamento, avaliação e assessoramento de projetos técnicos dentro da SESAU e/ou com outras entidades; e, X – praticar atos pertinentes às atribuições que lhes forem formalmente delegadas no âmbito de suas competências.

É composta por duas gerências: Gerência de Gestão Regional e Participação Social – GERPS e Gerência de Planejamento, Monitoramento e Avaliação – GEPLAN, integrando 22 (vinte e dois) servidores. Dada a propositura da atividade na época, bem como o oportuno clima organizacional, a “roda de conversa” foi realizada em momentos distintos, embora no mesmo dia, sem a participação da Superintendente, já que subentende a figura da “Superintendente” hierarquicamente, como elo para a gestão, deixando todos à vontade.

Embora, alguns integrantes da equipe da GERPS encontravam–se de férias, o momento contou com a participação de 09 (nove) trabalhadores, incluindo a Gerente e uma integrante do Apoio a Superintendência. Relatado inicialmente sobre os meios de comunicação utilizados: e-mails e mensagens via WhatsApp, todavia, ainda ocorrendo ruído na comunicação; foi exposto para que a equipe, as últimas informações informações compartilhadas, e questionado de que forma podemos melhorar a nossa relação de trabalho, os nossos processos de trabalho, dentro da nossa governabilidade, capacidade de resolubilidade e/ou a depender do caso, sugestão de parcerias para minimizar nossos problemas, diante do atual cenário da SESAU. Assim também, foi realizada a roda informalmente com a equipe da GEPLAN: com participação de 05 (cinco) servidores, uma integrante faltou por motivos de saúde. Resultando num elenco de problemas comas respectivas sugestões de soluções.

Concluindo os trabalhos, todos os participantes elogiaram o momento realizado e pediram para que mantenha regularidade mensal, apesar do canal de comunicação verbal, por e-mail e WhatsApp ser frequente; bem como o devido retorno das soluções executáveis proposta no diálogo realizado.

Com a participação de todos os presentes, sem inibição durante o diálogo, foi um momento ímpar. E da forma descontraída que se deu, sem formalidades, embora tenha sido no ambiente de trabalho, poderá ser um mecanismo para dirimir ideias para evolução do desempenho de nossas atividades internas e externas.

Após essa iniciativa, me permitiu pensar no projeto de intervenção, o qual era pré-requisito para finalização do curso. E assim nasceu o “CONVERSANDO COM A SUPLAG NO CAFEZINHO”. Desde então, conseguimos realizar alguns momentos, mas devido a concorrência de agendas, me fez pensar em outras táticas. Busquei manter comunicação massificada, criando laços, reunindo informações de cada um, mapiei as atribuições e os processos de trabalho do setor, mantendo-os atualizados sobre o que estava acontecendo no setor, com a agenda compartilhada, criando um grupo institucional de WhatsApp “Informações da SUPLAG”.

Este é o relato de uma integrante Curso de Apoiadores da Política Nacional de Humanização do SUS de Alagoas – TURMA 1, em 2018, que hoje é membro suplente da Câmara Técnica de Humanização do SUS em Alagoas e apoiadora da PNH na Superintendência de Planejamento, Gestão e Participação Social da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas – SUPLAG/SESAU.

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