CONTEXTUALIZANDO A RAPS

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Esta publicação foi escrita a partir da live com o tema Rede de Atenção Psicossocial – RAPS, sugerida pelo professor Douglas Casarotto, na aula sobre Reforma Psiquiátrica e Saúde Mental, na disciplina do 4º semestre, Introdução à Psicologia da Saúde, do curso de Psicologia-FISMA/SM.

Acadêmicas: Bruna Mara dos Santos e Katiele da Costa

 

Iniciamos nos questionando o que de fato é a RAPS, bem se trata da Política Nacional de Saúde Mental que busca atender as pessoas e suas demandas decorrentes de transtornos mentais de forma que este indivíduo não perca sua subjetividade e autonomia.

RAPS estabelecido de acordo com o regulamento 3.088, de 23 de dezembro de 2011, para estabelecer e ampliar e esclarecer pontos médicos para pessoas com ou que sofrem de doenças mentais e necessidades com vícios.

A proposta é garantir a livre circulação, através de modelos de atenção abertos e comunitários, combater o preconceito, promover equidade e respeito aos direitos. A RAPS engloba os seguintes programas: 1. Unidade Básica de Saúde NASF; 2. Consultório na rua; 3. Centros de convivência; 4. CAPS; 5. SAMU; 6. UPAS 24h; 7. Urgência e leitos em Hospitais Gerais e 8. Residência terapêutica.

A RAPS destaca-se pelo fato de promover cuidados a grupos mais vulneráveis, reduzir os danos causados pelo consumo de drogas, álcool, entre outros. Também promover a reabilitação e a reintegração desses usuários e pessoas com transtornos mentais. Monitorar e avaliar o serviço prestado e a atenção.

Algumas organizações do RAPS são as unidades, atendimento nos locais públicos, centro de convivência e cultura. Assim tendo um longo alcance do conhecimento e do trabalho do RAPS, para os indivíduos terem acesso e saber onde e quando encontrar a ajuda.

A atenção psicossocial na rede de atenção à saúde ainda é uma realidade no Brasil ainda incipiente, que requer e necessita de mudanças pessoais, sociais e institucionais. O desafio político é o compromisso constante para estabelecer novas formas de lidar com a dor psicológica. A realidade do Brasil, devido à sua expansão geográfica e evidentes diferenças, nos mostra que nem todos os municípios têm acesso a rede de saúde mental própria ou convencionadas. Além disso, o fato de haver apenas um CAPS de serviço alternativo não significa que ele também pode substituir a rede.

A rede RAPS precisa de uma atenção maior, pois o trabalho que ela exerce é excepcional, porém, não tão notado como necessário. Se ganhasse o devido valor, teria menos indivíduos vulneráveis e mais pessoas reabilitadas, e o SUS (Sistema Único de Saúde) é uma indispensabilidade. Portanto entende-se que a RAPS é uma rede que vê o potencial para aproveitar os indivíduos que se encontram em situação de sofrimento psíquico. Dessa forma o sujeito se torna mais ativo na sua autonomia, resultando na sua satisfação própria, reconquistando sua subjetividade, dignidade e conquistando lugar para uma voz ativa perante a sociedade, pelo simples fato que está sendo tratado como um indivíduo humanizado sem estigmas, julgamentos e/ou preconceitos.