Isabela Campos Genkawa¹; Débora Veras Pereira²; Alice Krasczcouvski Gonçalves dos Anjos³; Esther Suellem Rocha Silva⁴.
¹ Graduanda em Medicina pela Faculdades Pequeno Príncipe (FPP)
² Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí (UFPI)
³ Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário Autônomo do Brasil (UniBrasil)
⁴Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Médicas e Saúde (FCMS)
O termo pobreza já vem sendo utilizado pela sociedade há muitos anos. Na Europa, durante os séculos XVI-XIX, pessoas com menores condições financeiras eram inseridas em instituições filantrópicas. Logo depois, na Inglaterra, as pessoas não eram mais alvos de ações filantrópicas, e sim de punição, os empobrecidos eram vistos como aqueles que necessitavam de intervenção do estado. A partir do julgamento comportamental moral mediante marcadores sociais como sexo, gênero, religião e classe, as pessoas tornam-se vulneráveis e, consequentemente, excluídas. Com isso, devemos considerar a pobreza como um fator de risco na avaliação clínica, pois existem até mesmo profissionais da saúde que mostram certa discriminação.
De fato, a pobreza interfere em âmbitos sociais, econômicos, mentais, sanitários, nutricionais, entre outros aspectos da conjuntura individual. Por essa razão, os profissionais da saúde devem estar atentos, prezando pelo atendimento de forma holística. Sendo a pobreza um fator de risco na avaliação clínica, cabe sempre buscar se o desconforto ou ansiedade do paciente provém da situação econômica. Para isso, as universidades que formam os profissionais da saúde devem prezar pelo ensino da comunicação eficiente, da importância do trabalho multidisciplinar – fornecendo atendimento integral com nutricionistas, psicólogos, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, etc. – além de ressaltar a responsabilidade social.
Sabendo que a condição financeira afeta diretamente a saúde do indivíduo, devemos dar apoio total para os indivíduos em vulnerabilidade social. Podendo, caso identificado que sua condição econômica seja fator de piora de sua saúde, informá-los das possibilidades de ajuda. Como, por exemplo, questionar se já buscou – e se lhe é possível – novas fontes de renda, ajuda em paróquia, alcoólicos anônimos (se etilista) ou demais intervenções sociais. Caso não seja resolvido, o indivíduo poderá ser redirecionado para a SUAS (Sistema Único de Assistência Social), o qual busca garantir a proteção social de todos os cidadãos dando o devido apoio às famílias e à comunidade no enfrentamento de dificuldades diárias, por meio de serviços, benefícios, programas e projetos
Por Raphael
Acredito que o termo paciente poderia ser substituído por usuário de serviços de saúde e a palavra indivíduo por sujeito…a substituição dos termos retira a passividade do paciente e concede ao sujeito empoderamento que o indivíduo não possui.
Não adianta oferecer nutricionista se a pessoa não tiver dinheiro pra comprar e tempo pra preparar tudo o que é prescrito,o que é utópico na vida de muitas pessoas que precisam trabalhar pra sobreviver.
Ser pobre não é defeito, ser rico não é qualidade…dá forma como está escrito parece que tudo é muito simples e SUAS resolve tudo…
Gostaria de desafiá-los a aprimorar a escrita numa próxima tentativa para o enfrentamento das iniquidades sociais sob os múltiplos olhares dos diversos autores deste post, considerando sua formação, mas sem perder de vista a dimensão humana.
AbraSUS