Após a reforma psiquiátrica, onde redirecionou os cuidados do sujeito em sofrimento psíquico incluindo os decorrentes do uso de substancias psicoativas, foi necessário novas diretrizes e estratégias sendo assim um novo modelo de atenção á saude mental á Rede de Atenção Psicossocial,que articula o cuidado para sua população de abrangência em vários níveis de cuidados, composto por VII eixos sendo eles Atenção Básica, Atenção psicossocial Estratégica, Atenção de Urgência e Emergência, Atenção Residencial de caráter transitório, Atenção hospitalar, Estratégias de desinstitucionalização e Estratégias de Reabilitação psicossocial, atuando na perspectiva territorial buscando desenvolver cuidados centrado no sujeito, equidade, autonomia promovendo vinculação. Foi observado a necessidade da equipe multidisciplinar nos vários EIXOS da RAPS, assim como o enfermeiro, após a discussão e reflexão entre a dupla Juliane e Mariuska podemos analisar que a forma de atuação da enfermagem vem evoluindo junto com a mudança de modelo, como á profissão está ligada intimamente com a forma asilar e do conhecimento biomédico vamos nos desenvolvendo, cada vez mais descobrindo outras formas de atuação dentro da saúde mental, como por exemplo promover a psicoeducação para evitar o preconceito na comunidade, desenvolver atividades que estimule o bem estar, autonomia, vinculação e a circulação na comunidade, acolhimento nos momentos de crise direcionando para o olhar humanizado provendo outras formas de gerenciar uma crise, suporte para os auxiliares e técnicos de enfermagem para a reinserção do sujeito na sociedade ampliando o repertorio de cuidados a partir da reabilitação psicossocial além de trabalhar com a família.
Referência: Ministério da Saúde (BR), Rede de atenção psicossocial.
Por Raphael
Olá Juliane,
Lembra-se do Juramento da Enfermagem?
Juro: Dedicar minha vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, exercendo a Enfermagem com consciência e fidelidade; guardar os segredos que me forem confiados; respeitar o ser humano desde a concepção até depois da morte; não praticar atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; atuar junto à equipe de saúde para o alcance da melhoria do nível de vida da população; manter elevados os ideais de minha profissão, obedecendo os preceitos da ética, da legalidade e da mora, honrando seu prestígio e suas tradições”.
Por mais que a enfermagem esteja ligada á um modelo tradicional e mais asilar como você pontua, ela sempre esteve intimamente relacionada ao respeito aos direitos e a dignidade da pessoa humana, preservando sua saúde física ou psíquica.
O Movimento de Luta Antimanicomial e a Reforma Psiquiátrica Brasileira não negam a necessidade da internação, desde de que seja feita em leitos nos Hospitais Gerais em ambiente terapêutico e que seja em benefício da pessoa em sofrimento psíquico.
Os Hospitais Psiquiátricos são ambientes totalmente insalubres, sujos, muito parecidos com prisões ou campos de concentração, não sendo raros casos de torturas e abusos sexuais mesmo nos dias atuais.
Então acredito que o papel da enfermagem na saúde mental é não se omitir e não atuar nesses locais acompanhando mudanças políticas, pois mesmo que a política mude e aponte retrocessos o compromisso ético não muda e a defesa dos direitos humanos permanece e deve prevalecer!
AbraSUS,
Raphael