Ensinando “Promoção à Saúde da Criança” na Graduação Médica, no contexto da “ESF”.
A “Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança” (PNAISC) abrange a questão da obesidade infantil, com alicerce na prevenção das “Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs).
O Programa de Aproximação Progressiva à Prática da Universidade do Oeste Paulista, no Campus de Presidente Prudente (PAPP/FAMEPP/UNOESTE) insere os Acadêmicos da Graduação Médica em 09 Estratégias Saúde da Família (ESFs), localizadas nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado, no interior de SP.
Esta inserção ocorre graças a uma parceria “Ensino/Serviço” firmada entre a UNOESTE e as Secretarias municipais de Saúde das duas localidades citadas anteriormente.
As Facilitadoras do PAPP/FAMEPP/ UNOESTE utilizam Metodologias Ativas como a Problematização para estimularem a criação de Planos de Ação, com foco na Política Nacional de Promoção à Saúde.
Um dos Planos de Ação, criado pelos futuros médicos e colocado em prática, sob supervisão docente, em uma escola pertencente à área de abrangência de uma ESF de Presidente Prudente, esteve relacionado à aplicação prática da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC).
Esses tema se sobressai como uma questão importante a ser tratada em relação à Saúde da Criança, além da pobreza e das vulnerabilidades.
A PNAISC nasceu em um cenário epidemiológico complexo e dinâmico, com questões que envolveram a saúde e os direitos sociais. Esta Política Pública tem como objetivo principal: promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, com a atenção e os cuidados integrais e integrados. Ela entende que a criança é um sujeito e um agente muito importante. Busca integrar os cuidados multiprofissionais e interdisciplinares para a criança, desde a concepção até os 9 anos de vida. Ela dá especial atenção à primeira infância, porque este é um período muito sensível, principalmente para as famílias de maior vulnerabilidade.
A “PNAISC” quer ir além da redução da morbimortalidade e traz consigo, idéias relacionadas a um ambiente que facilita da vida e as condições dignas de existência para que ocorra o pleno desenvolvimento da criança. Essas questões abrangem a promoção à saúde, ou seja, a “Criação de Ambientes Saudáveis”.
A política se constitui de 7 eixos estratégicos que têm por finalidade: orientar os gestores e profissionais de saúde, em relação às ações e aos Serviços de Saúde voltados para as crianças.
O processo de trabalho e as linhas de cuidado que atendem as crianças nos serviços foram reorganizados, a partir da “PNAISC”.
A linha principal é a “Atenção Primária à Saúde” (APS), que deve ser a coordenadora e a ordenadora do cuidado com foco na transversalidade e na integralidade.
Os Eixos da “PNAISC” são os seguintes:
Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido;
Aleitamento materno e alimentação complementar saudável;
Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral;
Atenção integral à criança com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas;
Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz;
Atenção à saúde da criança com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade;
Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno.
A Política Nacional de Promoção à Saúde (PNPS), lançada em 2006, é o “pano de fundo” para as Ações do PAPP/FAMEPP/UNOESTE nas ESFs de Presidente Prudente e Álvares Machado, no interior paulista.
As Facilitadoras do PAPP/FAMEPP/UNOESTE buscam estimular a construção de Planos de Ação, alicerçados em um “modelo de atenção” que prioriza a qualidade
de vida, com ações para a Prevenção e Promoção à Saúde.
Os objetivos dos Planos de Ação, desenvolvidos no “Programa Saúde na Escola” (PSE), buscam atuar sobre os determinantes das doenças e agravos, investindo em uma política indutora de “modos de vida promotores
de saúde” e na criação de “ambientes saudáveis”.
As docentes do “PAPP” estimulam, nos futuros médicos, atitudes para fortalecer a resiliência dos pequenos usuários do SUS, tais como:
• escutar o que as crianças sentem diante de situações difíceis;
• permitir a expressão dos sentimentos de tristeza, raiva e medo;
• oferecer o apoio necessário para que as crianças se sintam seguras;
• incentivar iniciativas para criação de saídas e busca de soluções para os problemas;
• estabelecer vínculos com as crianças atendidas e com suas famílias.
A Política Nacional de Humanização (PNH) coloca em foco a dimensão do cuidado a partir do acolhimento. Os Facilitadores estimulam que os Acadêmicos criem relações de respeito e confiança com os pequenos usuários do SUS, como uma aproximação, ou seja, uma forma de fazer com que as crianças se sintam “pertencidas”.
As docentes utilizam o “Arco de Maguerez” para estimular a “reflexão na ação”. Estudantes escreveram, nos Portfólios Reflexivos, que os princípios orientadores da “PNAISC” afirmam a garantia do direito à vida e à saúde. Eles apontam para o acesso universal de todas as crianças à saúde, para a equidade, a integralidade do cuidado, a humanização da atenção e a gestão participativa.
Os participantes consideraram como positiva a ação de Promoção à Saúde, realizada na área de abrangência de uma ESF, no interior de SP.
Referência:
Promovendo o desenvolvimento na primeira infância.
Disponível em:
Acesso em 09 09 2023 às 16h 30min.
Por Alex Wander Nenartavis
Parabéns à Professora Ronivânia pelo belo relato.
A educação em saúde é uma estratégia para a mudar comportamentos e manter uma boa qualidade de vida para a comunidade ligada ao território da ESF.
Muito interessante verificar como o coletivo de docentes da UNOESTE, no Campus de Presidente Prudente levam os acadêmicos da Graduação Médica à formação de uma consciência crítica a respeito dos problemas de saúde e dos seus fatores de risco.
Quando as docentes do PAPP/FAMEPP/UNOESTE utilizam a Metodologia Ativa da Problematização para levar um saber em saúde para a comunidade, buscam uma intervenção no processo saúde-doença para melhorar a sua qualidade de vida.
Estudantes realizarão uma boa educação em saúde, na medida em que façam um contato com a realidade social e com os problemas reais que vão se defrontar no seu cotidiano, após terminarem o curso.
Congratulações!