Estudantes do Curso Médico da UNOESTE aplicam as Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde, em uma cidade do interior paulista.
A Faculdade de Medicina da UNOESTE utiliza a Metodologia da Problematização nos Ciclos Pedagógicos que ocorrem mensalmente em 5 ESFs de um Município com cerca de 200 mil habitantes no interior paulista. Um dos Planos de Ação criado pelos estudantes, orientado por facilitadores, foi a aplicação da Política Pública relacionada às Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde, no território da ESF. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi previamente estudado pelos acadêmicos. Os aprendizes entenderam que o ECA se fundamenta na Doutrina da Proteção Integral, reconhecendo todas as crianças e adolescentes de 12 a 18 anos de idade como sujeitos de direitos nas diferentes condições sociais e individuais. A condição de “pessoa em situação peculiar de desenvolvimento” (Art. 6º) não retira de crianças e adolescentes o direito à inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral, abrangendo a identidade, autonomia, valores e idéias, o direito de opinião e expressão, de buscar refúgio, auxílio e orientação. Os adolescentes da área da abrangência da ESF participaram de dinâmicas organizadas pelos estudantes do Curso Médico relacionadas à higiene bucal, íntima, além de cuidados pessoais. A ação evidenciou a importância da promoção à saúde na produção de saúde de adolescentes e de jovens. Para os futuros Profissionais Médicos ficaram clara a necessidade de se estabelecer processos de intervenção intersetoriais e interdisciplinares, de ampliação e diversificação das práticas sanitárias, de mudanças na gestão e no trabalho das equipes de saúde para a construção complementar e de intercâmbio entre os campos da atenção à saúde em nível individual e coletivo. Terminada a ação de Educação em Saúde no território adscrito à ESF, os acadêmicos levaram para a Reunião de Equipe Semanal, os resultados alcançados. A Equipe de Saúde entendeu que a Constituição Federal de 1988, preconiza a saúde como um direito de todos. Dessa maneira trouxe um novo mandato social para o setor saúde onde os trabalhadores do SUS tornam-se os agentes da garantia desse direito para todos. Reforçando essa determinação e considerando como sujeitos de direitos as crianças e adolescentes, o Estatuto da Criança e do Adolescente traz em seu art. 11: É assegurado o atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do SUS, garantindo o acesso às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Os participantes avaliaram como positiva a ação de Promoção à Saúde realizada com adolescentes e jovens no território da ESF.
Referências:
Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção,
Proteção e Recuperação da Saúde. Disponível em: https://www.google.com/url?url=https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_atencao_saude_adolescentes_jovens_promocao_saude.pdf&rct=j&sa=U&ved=2ahUKEwivldPxoujaAhWDt1kKHVpSCXQQFjACegQIBhAB&q=Aten%C3%A7%C3%A3o+Integral+%C3%A0+Sa%C3%BAde+da+Crian%C3%A7a+e+do+Adolescente&usg=AOvVaw1aSaFrQG3E0dxw_LN4_ELT
Acesso em 02 05 2018, às 21h 55min.
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Lidelci,
Muito importante o conhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA pelos estudantes, não só para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes, mas também para a defesa da garantia desses direitos. Trabalho num hospital infantil onde sempre chega criança com suspeita de violência, e percebe-se que alguns profissionais são resistentes a realização da notificação para as instâncias responsáveis. A notificação é necessária para a tomada das medidas cabíveis em relação a proteção da criança.
Está de parabéns o coletivo da Faculdade de Medicina da UNOESTE por esse modelo de ensino centrado na pessoa, em consonância com a diretrizes do SUS e da PNH.
Abraços!
Emília