Estudantes Médicos na “Sala de Espera da ESF” como estratégia de Educação em Saúde, no interior SP

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A transmissão vertical do HIV e da sífilis é um desafio na saúde pública que precisa ser enfrentado pelas Políticas de Saúde no nosso país, apesar dos avanços obtidos nesta área.
Existem algumas estratégias utilizadas para o enfrentamento da sífilis na Atenção Primária à Saúde (APS). Dentre essas estratégias podemos destacar: a realização de VDRL no pré-natal; o empenho da equipe interprofissional da ESF em trazer o parceiro das gestantes para realizar o tratamento; a busca ativa para diminuir o acompanhamento do pré-natal tardio; a realização de VDRL mensalmente em gestantes tratadas; as rodas de conversas com gestantes sobre sífilis.
A sífilis é um problema de saúde pública no Brasil. Se a doença não for detectada no início, a infecção pode migrar para os estágios mais tardios, com manifestações clínicas graves, incluindo neurossífilis, manifestações oculares, otológicas e distúrbios cardiovasculares.
As Facilitadoras do Programa de Aproximação Progressiva à Prática, na Universidade do Oeste Paulista (PAPP/FAMEPP/UNOESTE) utilizam Metodologias Ativas como a Problematização para estimular a produção de Planos de Ação, a serem executados nas áreas adscritas às 7 Estratégias Saúde da Família (ESFs), localizadas no Município de Presidente Prudente, SP.
Um dos Planos de Ação, criado pelos futuros médicos esteve relacionado à prevenção da Sífilis e do HIV.
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) de fácil diagnóstico e tratamento. É necessário que a pessoa que está em risco, caso tenha relação sexual sem uso de preservativos, seja acolhida pela equipe interprofissional da ESF, pois ela pode estar infectada e não apresentar sintomas.
As Facilitadoras do PAPP/FAMEPP/UNOESTE estimulam os futuros médicos, para que criem relações de respeito e de confiança com as pessoas que residem nas áreas adscritas às ESFs, para que sejam feitos mais diagnósticos e tratamentos das ISTs, no território da ESF.
O desafio da Parceria “Academia/Serviço” firmada entre a UNOESTE e a Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente é fazer com que os usuários SUS saibam a importância e a necessidade de fazer o teste para o diagnóstico.
Também é muito importante orientarmos os usuários do SUS a utilizarem o preservativo, pelo menos durante o tratamento e até a resolução dos sintomas, nos casos de sífilis recente (primária e secundária), pois as lesões ativas se constituem na principal forma de transmissão.
Os acadêmicos médicos utilizaram a Política Nacional de Humanização (PNH), na transversalidade da Ação de Educação em Saúde, realizada na Sala de Espera da ESF. Eles explicaram de maneira simples, para os presentes, que uma pessoa pode ter sífilis e não saber. Informaram os usuários do SUS que essa doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo da pessoa. Dessa maneira, é importante que ela se proteja, faça o teste e, se a infecção for confirmada, que seja tratada da maneira correta.
Os participantes consideraram como positiva a Ação de “Empowerment Comunitário” realizada na Sala de Espera de uma ESF, localizada no interior paulista.

Referência:
Sífilis. Ministério da Saúde.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sifilis&ved=2ahUKEwj0vczgv4f_AhVSu5UCHZ9tAxUQFnoECCsQAQ&usg=AOvVaw0ieIEUFDbzozocyGUY45EA
Acesso em 19 05 2023, às 15h 20min.