Estudantes médicos organizam estratégias para o cuidado da pessoa com Diabetes mellitus.

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O Curso de Graduação em Medicina da Universidade do Oeste Paulista, no campus de Presidente Prudente Presidente (FAMEPP/UNOESTE) insere os discentes em nove Estratégias Saúde da Família (ESFs) desde o primeiro semestre letivo.

Os Facilitadores do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP) utilizam Metodologias Ativas como a Problematização para estimularem a construção de Planos de Ação com foco na Criação de Ambientes Saudáveis nas Unidades de Saúde.

O Município de Presidente Prudente ficou em 2º lugar no ranking nacional de desempenho da Atenção Primária à Saúde (APS) entre as cidades de grande porte. O serviço de Atendimento à Atenção Primária em Saúde é prestado por meio das Estratégias de Saúde da Família (ESFs), de acordo com o monitoramento divulgado pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Previne Brasil.

A UNOESTE firmou uma Parceria entre “Academia e Serviço” com a Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente. Os Coordenadores do PAPP procuram se reunir com as apoiadoras da ESFs, no município, para verificarem fortalezas e aspectos que precisam melhorar, nessa parceria e como os estudantes podem colaborar pra melhorar os indicadores em saúde, no município. “Prudente” conseguiu um bom desempenho no primeiro quadrimestre de 2022. O destaque foi para os indicadores de pré-natal, saúde bucal da gestante e cobertura vacinal.

Muitas ações são desenvolvidas, destacando-se: o prontuário digital integrado, o acompanhamento das gestantes e as ações de vacinação, como o “Vacina Fest”, além do “Boa Noite Saúde”, que abre as portas das ESFs no período noturno.

Dentre os indicadores que merecem atenção da parceria, foi apontado o controle e adesão dos usuários SUS com diagnóstico de Diabetes Mellitus (DM).

Os acadêmicos médicos foram organizados para auxiliar uma equipe da ESF, no interior de SP, a montar os “kits” de insumos para cada usuário SUS que recebe insulina, contendo: agulha, seringa, caneta para aplicação, aparelho e fitinha para controle do DM. Esses kits são entregues com frequência mensal, pelas ESFs, às pessoas com DM.

Após participarem do Plano de Ação, como Facilitadora do processo, utilizamos o Arco de Maguerez para estimular “Reflexão-na-Ação”, com os discentes.

Após a busca em referências confiáveis, os acadêmicos consideraram que o DM é uma doença crônica ocasionada a partir da falência do pâncreas na produção suficiente de insulina ou quando o corpo não utiliza a insulina sintetizada de modo eficiente. Os estudantes entenderam que o processo evolui para um aumento da concentração de glicose no sangue, ou seja, a hiperglicemia. Explicaram que o estado hiperglicêmico crônico traz complicações macroangiopáticas, citaram como exemplo a cardiopatia isquêmica (CI).

Foi considerado que as práticas educativas por parte dos profissionais de saúde podem trazer muitas melhorias para a qualidade de vida do usuário SUS diabético, em relação ao controle glicêmico, diminuindo possibilidades de internação e as complicações precoces da doença.

Finalizei explicando que alguns fatores colaboram para o adequado manejo do diabetes mellitus, com enfoque na educação em saúde, considerando as expectativas do paciente e do profissional. A partir daí, o sucesso terapêutico pode ser muito maior.

Acadêmicos conseguiram sintetizar o seu conhecimento sobre o DM e apontar suas implicações na prática do atendimento ao usuário SUS. Esse atendimento será realizado em posteriores Visitas Domiciliares, que serão agendadas para entrega dos kits, junto com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

Os estudantes trouxeram expectativas positivas para a realização das “VDs de entrega dos kits”, sugerindo que ganhos qualitativos no autocuidado apareceriam em breve, após a realização das ações de Educação em Saúde, nos domicílios das pessoas com a doença.

Os acadêmicos também se empenharam em agendar “Rodas de Conversa” para trabalharem com a Equipe, em reuniões de Educação Permanente, relacionadas a: humanização do atendimento, e “empowerment comunitário”, ambas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos usuários SUS.

Foi considerado que através das evidências, apontam para uma resposta positiva aos programas de intervenção, quando comparados os parâmetros fisiológicos, psicológicos, educativos e sociais e que os índices revelam “o diabetes mellitus como uma doença epidêmica”.

Acadêmicos concluíram que as práticas educativas dirigidas às pessoas com DM, mostraram que a educação em saúde é muito importante, ao estimular a participação ativa das pessoas no planejamento, desenvolvimento e implantação do seu novo modo de “andar a vida”, de maneira saudável, longe da hiperglicemia.

Discentes consideraram que a participação de uma equipe multiprofissional no cuidado à pessoa com DM é uma estratégia utilizada para o controle metabólico e para aumentar a adesão ao tratamento e que o usuário do SUS com DM deve ter direito a um atendimento de qualidade, em termos de integralidade, desenvolvimento da autonomia e educação em saúde.

Finalizei que todos os integrantes da Equipe da ESF devem se responsabilizar pela promoção da educação em saúde e Concluindo que ações de Educação em Saúde favorecem o aprendizado, com o propósito de propiciarem mudanças no estilo de vida da pessoa com DM.

Os participantes consideraram como positiva a ação de Promoção à Saúde desenvolvida na ESF.

 

Referências:

Práticas educativas no paciente diabético e perspectiva do profissional de saúde: uma revisão sistemática.

Disponível em:

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielo.br/j/jbn/a/3CBcqXBfYJKWsQGJqJQBBTM/%3Flang%3Dpt%26format%3Dpdf&ved=2ahUKEwjznqfMtdH5AhX2rZUCHUn7Cp8QFnoECDcQAQ&usg=AOvVaw3_JoglXX_8DqCRsqilxA5z

 

Acesso em 19/ 08/ 2022, às 16h 45min.