Estudantes orientam o descarte correto de materiais perfurocortantes e contaminados para comunidade
Acadêmicos do Curso Médico, na Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) são inseridos como membros das Equipes Interprofissionais em 10 Estratégias Saúde da Família (ESFs), nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado, no interior de SP.
Existe uma Parceria Academia/Serviço firmada entre a FAMEPP/UNOESTE e as Secretarias de Saúde dos dois municípios citados.
As docentes do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP/FAMEPP/UNOESTE) utilizam Metodologias Ativas como a Problematização, para estimularem a construção de Planos de Ação, de acordo com a Epidemiologia que emerge dos territórios ligados às Unidades de Saúde, nos dois municípios pertencentes à Região da Alta Sorocabana.
Acadêmicos do Curso Médico organizaram, sob supervisão docente, uma Roda de Conversa, na Sala de Espera da ESF, relacionada ao descarte correto de materiais perfurocortantes e contaminado, nos domicílios.
A docente utilizou o Arco de Maguerez, para estimular reflexão-na-ação, após a realização da Roda de Conversa, na Sala de Espera da ESF.
Acadêmicos consideraram que existiram muitas vantagens, com o incremento da complexidade da Atenção Primária em Saúde médica e com o aumento do número de instituições de saúde disponíveis para os Usuários do SUS. Porém, esse incremento resultou em uma maior geração de resíduos de serviços de saúde.
A Docente complementou que os benefícios para as pessoas aumentaram, juntamente com a geração de resíduos e com a ampliação do atendimento para além dos muros das Unidades de Saúde. Essa geração de resíduos chegou ao domicílio, por meio da assistência prestada nas Visitas Domiciliares, pelos profissionais da estratégia de saúde da família (ESF), por exemplo.
Estudantes consideraram que nos últimos anos, o atendimento domiciliar aumentou de maneira significativa. Nessa assistência, o usuário SUS permanece no seu domicílio, e são utilizados alguns recursos hospitalares para garantir a assistência médica e o acompanhamento de equipe interprofissional, com a participação da família no cuidado.
A docente complementou que a assistência domiciliar se insere no contexto da Atenção Primária à Saúde e tem sido ampliada nos últimos anos, graças à implantação e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente com a expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF).
A docente considerou que algumas pesquisas demonstraram que muitos usuários do SUS não seguem as recomendações para o descarte seguro de materiais perfurocortantes e contaminado utilizados nos domicílios.
Acadêmicos consideraram que cerca de 14 milhões de pessoas convivem com o diabetes no Brasil. Grande parte dessas pessoas realiza tratamento com insulina, ou com outros medicamentos injetáveis. As agulhas utilizadas devem ter uso único, e alguns usuários SUS chegam a precisar de quatro a cinco injeções por dia, além de realizar automonitoramento até sete vezes ao dia. Dessa maneira, podemos imaginar quanto material perfurocortante com potencial contaminante, composto por agulhas, lancetas, fitas reativas e insumos usados na bomba de infusão de insulina, pode ser produzido diariamente.
A docente explicou que os futuros profissionais médicos devem atentar para questões como o manejo de resíduos. Os Trabalhadores da Saúde, em sua maioria, prestam assistência no domicílio, realizando grande número de procedimentos e gerando resíduos que precisam ser gerenciados. Na ESF, apesar do trabalho ocorrer “em equipe”, os Profissionais de Saúde, com nível superior de ensino, ocupam posições de liderança, sendo responsáveis pelas unidades respondendo por questões técnicas como a gestão dos resíduos.
Os participantes consideraram como positiva a ação de Educação em Saúde, relacionada ao descarte correto de perfurocortantes e contaminados utilizados no domicílio, realizada na Sala de Espera da ESF, no interior de SP.
Referência:
ANVISA. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 222, DE 28 DE MARÇO DE 2018.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2018/rdc0222_28_03_2018.pdf&ved=2ahUKEwi7_6Xllrb9AhVMrpUCHcNTBpgQFnoECBIQAQ&usg=AOvVaw09-qPJ9NFTQApru7K-ayjv
Acesso em ,02 03 2023, às 22h 40min.
Por Alex Wander Nenartavis
Parabéns pela bela postagem, Professora Mônica.
O descarte incorreto, além de contaminar o meio ambiente pode causar ferimentos, transmitir infecções, como aquelas causadas pelos vírus da hepatite B e HIV, dentre outras doenças.
Congratulações !