Estudantes médicos realizam atividade com “ACSs” relacionada à atualização do Mapa Inteligente
O mapa inteligente é um instrumento utilizado para o planejamento, sendo construído a partir do mapa do território e alimentado por informações geográficas, ambientais, sociais, demográficas e de saúde. Essas informações são obtidas por meio do processo de territorialização.
Os estudantes de Graduação em Medicina, na Universidade do Oeste Paulista (FAMEPP/UNOESTE) são inseridos como membros das equipes interprofissionais, em nove Estratégias Saúde da Família (ESFs), localizadas nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado, no interior de SP.
Os Facilitadores do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP/FAMEPP/UNOESTE) utilizam Metodologias Ativas, como a Problematização, para estimular a criação de Planos de Ação, a partir da análise das Necessidades de Saúde da população.
Um dos Planos de Ação criado pelos acadêmicos médicos esteve relacionado à importância da territorialização do Sistema Único de Saúde.
Os acadêmicos organizaram uma atividade de Educação Permanente, com os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs).
O processo de educação permanente pode facilitar o envolvimento dos profissionais de saúde e proporcionar uma troca de saberes, uma reflexão das práticas de serviço, consequentemente, deve ocorrer uma interação maior de toda a equipe e uma melhoria no processo de trabalho.
Os estudantes partiram das dúvidas trazidas pelos trabalhadores da saúde, desvendando o significado da territorialização que está relacionado a organizar os serviços de acordo com o território, ou seja, conhecer o território, que é onde a vida acontece, e, a partir das suas necessidades organizar os serviços.
A Facilitadora utilizou o Arco de Maguerez, com os estudantes, após a Ação de Educação Permanente, para estimular Reflexão na Ação. Acadêmicos consideraram que a atualização dos mapas inteligentes, nas ESFs tem como objetivo melhorar a qualidade do serviço de saúde e pode ser feito por microárea.
A Facilitadora considerou que o Mapa Inteligente deve permanecer em um local de uso exclusivo da equipe de saúde, pois registra a localização dos domicílios, famílias e contém marcadores de saúde.
Acadêmicos consideraram que o mapa inteligente pode representar, por exemplo, o fluxo da população por meio das ruas, os transportes utilizados e as barreiras geográficas que dificultam o acesso da população à unidade e na circulação no bairro; as características das moradias e seus entornos; as condições de saneamento básico, presença de esgotos a céu aberto e lixo, área abastecida por água tratada e fluoretada; infraestrutura urbanística: características da ocupação do espaço urbano, ruas, calçadas, praças, espaços de lazer e paisagismo; as condições do meio ambiente, como desmatamento ou poluição; os principais equipamentos sociais: escolas, creches, centros comunitários, clubes, igrejas e outros serviços que a população utiliza para desenvolver a sua vida no território; a presença de animais no entorno das residências e nas ruas; áreas de risco social de diversas ordens.
A Facilitadora considerou que no mapa inteligente também podem ser identificadas áreas de grupos em situação de risco ou vulnerabilidade, dados demográficos e epidemiológicos.
O mapa também pode trazer exemplos de agravos ou situações de saúde que indiquem necessidade de acompanhamento da equipe de saúde, também chamados de marcadores de saúde: crianças menores de dois anos, gestantes, idosos acamados ou domiciliados, pessoas com deficiência, com doenças crônicas, dentre outras situações.
Os acadêmicos consideraram que o mapa inteligente irá mostrar informações que antes constavam ocultas.
Quando as equipes da Atenção Básica realizam a territorialização com a utilização dos mapas do território e do mapa inteligente, estarão atendendo ao atributo da orientação comunitária, no qual reconhecem as necessidades de saúde da comunidade, propiciando o planejamento e a avaliação dos serviços.
Os participantes, “estudantes médicos” e “ACSs” consideraram como positiva a ação de Educação Permanente realizada no território ligado a uma ESF do interior de SP
Referência:
Qual o objetivo e como elaborar o mapa do território adscrito pela equipe de saúde da família no contexto da Atenção Básica?
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-o-objetivo-e-como-elaborar-o-mapa-do-territorio-adscrito-pela-equipe-de-saude-da-familia-no-contexto-da-atencao-basica/&ved=2ahUKEwiQlqPd_Nr3AhUENTUKHf1VAlkQFnoECAQQAQ&usg=AOvVaw1mhJHUDBNJ3RrqZQkIMA34
Acesso em 10 05 2022, às 15h 30min.
Por Alex Wander Nenartavis
Parabéns à Professora Denise por realizar essa Ação de Educação Permanente enfocando a territorialização na APS, mostrando sua importância para os estudantes médicos e para os ACSs. A Territorialização vai permitir a identificação dos problemas de saúde da população. Estudantes e Agentes Comunitários de Saúde conseguem delinear e caracterizar a população por meio da atualização dos Mapas Inteligentes, nas ESFs.
Além disso, podem ser criados vínculos entre a equipe da ESF e os usuários dos serviços de saúde, favorecendo, dessa maneira, o acesso aos serviços, bem como a análise dos impactos das ações de Promoção à Saúde realizadas.
Congratulações!