Experiência no CAPSI de estudantes do Internato em Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFAL

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Mateus de Araujo Albuquerque

Yves Cardoso Cavalcante

Ao longo do meu estágio no CAPSI Dr. Luiz da Rocha Cerqueira, tive experiências que se mostraram essenciais para o desenvolvimento da base do que sou e serei como um futuro médico. O trabalho cotidiano com uma equipe multiprofissional foi enriquecedor, onde o Dr. João Martins, psiquiatra, além de ser uma pessoa muito acessível e simpática, sempre tentava ensinar para nos ajudar a compreender as complexidades por trás de cada caso que atendíamos. Isabelle, terapeuta ocupacional, com sua abordagem de fugir das atividades padrões apresentava diariamente a importância de se adaptar às necessidades únicas de cada paciente. Thaís Gomes, enfermeira que, com seu cuidado e atenção aos detalhes e às necessidades mais sutis, sempre fazia com que os pacientes se sentissem seguros e bem atendidos. A equipe contou com a terapeuta ocupacional Andréia que, com muita energia positiva, incentivou os profissionais a buscar novas maneira de trazer os pacientes e responsáveis “para a atividade”, especificamente na atividade na praia. A assistente social Maiara demonstrou um compromisso muito grande com o bem estar das pacientes, abordando de maneira muito sensível questões que envolviam as pacientes. O educador físico Felipe sempre lembrava a todos sobre a importância da atividade física para o corpo e para a mente, sempre motivando os pacientes e familiares a participarem, mas entendendo até onde podíamos ir com cada um. Por mais que citei os profissionais que mais tive contato, destaco a importância de todos que fazem parte deste serviço, todos são de suma importância para manuntenção e melhoria do atendimento à comunidade. Neste período estive presente em oficinas de conversa em roda com pacientes que se automutilavam e tinham ideação suicida. Nessas atividades, aprendi o valor do diálogo e da escuta empática, elementos chave de um relacionamento terapêutico forte. A realização de visitas domiciliares me proporcionou uma visão mais ampla da situação de vida dos pacientes, enfatizando a necessidade de um cuidado que ultrapasse as barreiras institucionais, chegando ao cotidiano das pessoas. Também me envolvi com atividade física na praia, onde posso constatar como o exercício ao ar livre funciona como uma ferramenta poderosa para melhorar a saúde mental e fortalecer os laços sociais. A foto incluída mostra a profissional Rose, que esteve presente nas atividades na praia. Rose demonstrou empatia e ser capaz de se comunicar com os pacientes. Essas experiências não apenas enriqueceram minha formação acadêmica, mas também me prepararam para lidar com os desafios médicos, reafirmando a importância do cuidado humano e centrado na pessoa.