FUTUROS MÉDICOS TESTAM ACUIDADE VISUAL EM ALUNOS DA REDE MUNICIPAL EM PRESIDENTE PRUDENTE, SP.

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A Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (FAMEPP/UNOESTE), por intermédio do Programa de Aproximação à Prática (PAPP), possibilita aos futuros profissionais médicos, um contato direto com os trabalhadores dos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) ligados à Estratégia Saúde da Família (ESF), com foco nos “Processos de Trabalho em Saúde”, na Atenção Individual, Coletiva e na Educação em Saúde, conforme determinam as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Medicina, editadas em 2014 pelo MEC.

Nós, como estudantes do Curso Médico, somos inseridos como membros das Equipes Interprofissionais em 09 Estratégias Saúde da Família (ESFs), localizadas nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado, desde o primeiro termo da Graduação em Medicina. Essa inserção ocorre graças a uma “Parceria Academia e Serviço”, firmada entre a Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) e as Secretarias Municipais de Saúde das duas localidades citadas acima.

Os Facilitadores utilizam a Metodologia Ativa da Problematização para estimular a construção de Planos de Ação, com foco na Política Nacional da Atenção Básica (PNAB) e na Política Nacional de Humanização (PNH).

Na manhã do dia 27 de abril de 2023, foi realizado uma ação de Acuidade Visual e Visão das Cores, na Escola Estadual Fernando Costa, pelo meu grupo do PAPP – pertencente a região da ESF Morada do Sol -, em conjunto com o Banco de Olhos do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente.

Como acadêmicos do Curso de Medicina, utilizamos o método mais usado na acuidade visual que seria a tabela de Snellen, ficando o paciente sentado a aproximadamente 6 m (20 pés) de distância dela.

A tabela de Snellen é feita de letras de diferentes tamanhos, com distância entre elas de 5 cm. Quanto mais afastada estiver a tabela, menor é a imagem na retina. Combinando os dois fatores, tamanho das letras e distância entre o paciente e a tabela, é possível determinar o ângulo visual mínimo que corresponde à melhor acuidade visual. A acuidade visual normal por convenção é 20/20. Se o paciente é capaz de ler somente a linha 20/30, esta visão é, então, registrada. Se o paciente não consegue ler linha nenhuma, deve-se caminhar na sua direção até o ponto em que este consiga identificar quantos dedos o examinador está mostrando (acuidade visual – dedos a 3 m). Para fins de entendimento, deve-se esclarecer que 20/20 significa que a 20 pés o paciente tem capacidade de enxergar o que um paciente normal deveria enxergar a 20 pés e, desta maneira, 20/60 significaria dizer que o paciente enxerga a 20 pés o que um paciente normal estaria enxergando a 60 pés, portanto, o registro de uma visão pior.

A avaliação da acuidade visual é de grande importância, pois permite esclarecer se a queixa de perda ou diminuição da visão é procedente ou não.

A acuidade visual é testada em cada um dos olhos separadamente. Ao se ocluir o olho que não está sendo examinado, deve-se evitar pressioná-lo, pois isto pode provocar distorção na imagem com diminuição da acuidade visual. Se o paciente usar óculos, a acuidade visual deve ser avaliada com a correção óptica.

A Visão da forma e a das cores são atributos dos cones, enquanto a visão com baixa iluminação (adaptação luminosa) é de responsabilidade dos bastonetes. O método simples e acessível é o das chamadas tábuas pseudoisocromáticas, das quais as mais usadas são as de Ishihara. As tábuas pseudoisocromáticas são conglomerados de cores de matizes diversas, dentro dos quais algarismos ou letras podem ser percebidos pelos normais, e não pelos portadores de discromatopsias.

Se o aluno tivesse uma visão comprometida totalmente ou parcialmente era anotado uma consulta para ele com o oftalmologista. Finalizamos o dia atendendo mais de 140 alunos e saímos de lá com uma carga acadêmica gigante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Semiologia Médica – Celmo Celeno Porto – 7ª Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 1.399, de 15 de dezembro de 1999. Brasília, 1999.
Disponível em: http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/Pm_1399_1999.pdf
Acesso em 29/08/2023 às 16h43.