GRUPO DE PROMOÇÃO À SAÚDE ESTIMULANDO A TRANSVERSALIDADE COMO PRINCÍPIO DO HUMANIZA SUS
A transversalidade, segundo o Ministério da Saúde, é o reconhecimento de que as diferentes especialidades e práticas de saúde devem dialogar com a experiência daquele que é assistido, ou seja, deve haver uma reciprocidade de conhecimento entre o usuário do SUS e os profissionais de saúde, para juntos poderem montar um plano de ação adequado para garantir uma educação em saúde que atinja as expectativas de ambas as partes.
O GPS (Grupo de Promoção à Saúde) é um estágio no qual o estudante de medicina realiza o estudo da alta hospitalar da pessoa a ser visitada e traça um plano de cuidados em saúde individual que é denominado “alta qualificada”. A visita domiciliar é um instrumento que nos permitiu a interação entre usuário SUS e a equipe de saúde, afim de fortificar vínculos e ajudar nos cuidados com o bem estar do paciente com base no Princípio da Integralidade, previsto na Lei 8080/90.
O papel do estudante é, a partir do consentimento do usuário do SUS, mergulhar na realidade em que a pessoa está inserida e, por meio de um estudo das características biopsicossociais e escuta qualificada, tentar modificar o que é possível com ênfase na prevenção e promoção à saúde. Com o estudo das altas hospitalares, supervisionado pelo facilitador, os estudantes construíam um plano de ação embasado não só nas doenças, mas também nas fragilidades de ordem biopsicossocial, encontradas no domicílio.
Na visita domiciliar havia a presença de tecnologias interativas e a Web visita, com a participação do facilitador via internet que interagia com o paciente e familiares, ajudando na construção da educação em saúde. A vivência no GPS nos permitiu, com ajuda de um facilitador e de dispositivos tecnológicos, aplicar o princípio da transversalidade da PNH e promover uma saúde de forma mais corresponsável. Portanto, a troca de experiências inter e intragrupos é uma ferramenta importante no processo de humanização e garante uma educação em saúde, que pode ser considerada eficaz.
Referências:
Cadernos do HumanizaSUS. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_humanizaSUS.pdf>. Acesso em 25/07/2017, às 13H18min.
Humanização das práticas de saúde: transversalizar em defesa da vida. Disponível em: <https://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext& pid=S1414-32832009000500020 > .Acesso em 25/07/2017, às 13H27 min.
Responsáveis pelo texto: Marcella Cardoso Gonçalves, João Paulo Amstalden Granado, Daniel José Pimentel Bonfim, Dr. Alex Wander Nenartavis.
Por Emilia Alves de Sousa
Esta é uma das apostas da Clínica Ampliada, potente diretriz da PNH no cuidado em saúde. O implemento de uma promoção de saúde que valorize a transversalidade, que coloque as equipes de trabalho e os usuários em contato, ampliando o diálogo/escuta e a comunicação entre eles, sem hierarquia. Isto, sem dúvida, aumenta a autonomia da pessoa atendida e fortalece os vínculos de corresponsabilização e de afetos.
Pelo que entendi Marcella, o GPS é uma iniciativa desenvolvida por estagiários de medicina com foco na alta hospitalar de forma responsável ,não é isto? Muito legal! Onde está sendo implementado?
“Na visita domiciliar havia a presença de tecnologias interativas e a Web visita, com a participação do facilitador via internet que interagia com o paciente e familiares, ajudando na construção da educação em saúde.” Como são programadas essas visitas? Quem são os pacientes atendidos e qual a periodicidade das visitas?
Muito bacana a sua postagem trazendo um tema tão importante. Corroborando com as suas reflexões, compartilho este post que fala sobre a transversalidade no SUS.
https://redehumanizasus.net/93093-transversalidade-no-sus/
AbraSUS!
Emília