Todas as quintas-feiras, as pacientes que já realizaram cirurgia bariátrica ou que ainda estão aguardando o procedimento se reúnem para interagir, diminuir a ansiedade e melhorar a auto-estima. Esse momento faz parte das ações desenvolvidas pelo Grupo Terapêutico Bariátrico do Hospital Getúlio Vargas, em Teresina-Pi, coordenado pela psicóloga Zilma Bento e pela estagiária da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Luanna Santos.
A paciente Francinete Nery Oliveira, aposentada, diz está no Grupo desde que foi criado em agosto de 2018. Ela conta que esse trabalho ajuda a interação com outras pessoas que passam pelo mesmo problema. “A terapia ajuda a gente se aceitar como nós somos. A gente passa a dividir os nossos medos, se une nos momentos difíceis, é muito bom!, destaca Francinete.
O mesmo relata Laurinda Ribeiro, que já realizou o procedimento e, hoje, com 36 quilos mais magra, já diz que é chamada de “misse” pelos vizinhos. “Quando cheguei aqui, precisava de ajuda psicológica. A terapia me ajudou a me equilibrar. Se não fosse às sessões individuais e em grupo, não tinha conseguido. As sessões me ajudaram a focar no que eu queria e a melhorar minha auto-estima. Hoje me sinto muito bem!”, diz Laurinda.
Laurinda conta ainda que, no início, era agressiva, não conseguia interagir e, com o tempo, foi se soltando. “A terapia em grupo me ajudou a chorar, chegava desanimada e tinha vontade de desistir, mas o grupo me ajudou e me deu energia positiva para continuar”, relata à paciente.
A psicóloga Zilma Bento, explica que as sessões tanto individuais quanto em grupo, têm como objetivo fortalecer o psicológico das pacientes. “Elas chegam no Serviço com muita ansiedade, agressivas, com resistência à terapia. O Grupo possibilita a troca de experiências e, com o tempo, vão ficando empoderadas e mudam o comportamento, começam a se valorizar como pessoa e isso ajuda no tratamento”, explica a psicóloga.
A estagiária da UESPI, Luanna Santos, diz que é gratificante participar do Projeto e ver os resultados ao longo da terapia. “Aos poucos, a gente vai percebendo a evolução das pacientes. Elas chegam agressivas e com baixa auto-estima e depois, percebemos a mudança, no modo de vestir, começam a usar um batom, começam a se aceitar como são e o tratamento evolui”, explica Luanna.
A equipe do Serviço de Cirurgia Bariátrica do HGV é composta de médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas.
Por Raphael
Oi Fátima,
Aqui em Joinville temos um projeto semelhante a esse chamado OBESIMOR, no HOSPITAL REGIONAL HANS DIETER SCHMIDT.
A cirurgia bariátrica traz consigo uma série de mudanças que não devem refletir apenas na aparência física, mas no estilo de vida e na maneira de pensar das pessoas, nesse caminho o apoio dos grupos terapêuticos é fundamental.
AbraSUS
Raphael