Terapias alternativas contribuem para recuperar  pacientes internados na UTI

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Quem poderia imaginar que a música do cantor e compositor Bartô Galeno pudesse ajudar a recuperar pacientes com seqüelas neurológicas. No Hospital Getúlio Vargas (HGV) isso é possível graças à utilização de terapias  alternativas que ajudam na recuperação de  pacientes neurológicos.

Quem conta detalhes sobre as técnicas é o psicólogo Wanderson Anjos,  que explica que a utilização de musicoterapia e jogos de entretenimentos tem ajudado a recuperar pacientes de uma forma mais rápida.  “O paciente com  iniciais  F.I..A , 65 anos, após ter sido submetido a uma cirurgia de um aneurisma de aorta abdominal, encontrava-se deprimido e com pouca abertura ao diálogo. Mas ao ser indagado sobre a possibilidade de ouvir uma música,  ele sugeriu a do cantor Bartô Galeno, que o fez resgatar várias memórias, histórias que deram abertura para o atendimento.  A musicoterapia deu tanto resultado que, no outro dia, o paciente também teve alta da UTI”, conta empolgado o psicólogo.

Também utilizando terapia com jogos de entretenimento,  a paciente com iniciais M.L.C.S, 59 anos, que chegou ao HGV com uma suspeita de encefalite viral e já estava com longa permanência na UTI,  fazendo uso de ventilação mecânica conseguiu melhorar. “Uma das maiores dificuldades da paciente era a mobilidade comprometida e dificuldade de acesso  para administração da medicação. Fomos introduzindo pequenas  intervenções, utilizando o  cubo mágico,  com movimentos diferenciados, a partir dessas estimulações neurocognitivas, a paciente conseguiu evoluir com alta clínica da UTI para a enfermaria e com resgate da subjetividade”, explicou o psicólogo.

Wanderson Anjos diz que a técnica utilizando jogos também deu resultado satisfatório com o paciente com iniciais M.V.R, 74 anos, “com diagnóstico de insuficiência cardíaca, o paciente estava  totalmente agitado, com delírio hiperativo e queixoso. Então, fizemos uma tentativa de usar de algo que ele gostasse para o resgate de sua subjetividade. Não tínhamos o jogo do baralho, mas usamos o UNO que prontamente ele se permitiu ser ensinado no novo jogo, o que proporcionou bons resultados”, explica o psicólogo.

Para a diretora-geral do HGV, Nirvania Carvalho, a equipe multiprofissional tem contribuído para uma recuperação mais rápida do paciente. “A introdução dessas técnicas ao tratamento, possibilitam uma diminuição dos efeitos negativos relacionados ao internamento, pois eles fazem esse resgate da identidade que muitas vezes se perde nos ambientes hospitalares, contribuindo para uma recuperação mais rápida”, explica a doutora.

Assista ao vídeo no link abaixo:

https://www.youtube.com/shorts/YPTKXBEB1bU