Hospital Dom Vicente Zico promove humanização por meio da música

Músicas religiosas despertam a fé e trazem momentos de alívio das dores com bem-estar aos pacientes

Ao som do saxofone, pacientes internados no Hospital de Retaguarda Dom Vicente Zico, da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), cantavam e se emocionavam nesta quinta-feira, 27, com a volta das apresentações musicais promovidas pelo Comitê de Humanização do hospital. As pacientes Fernanda Freitas, 32, e Ester Nunes, 22, não contiveram as lágrimas ao ouvir as músicas tocadas por Geovany Moraes,44, músico voluntário que levou momento de alívio às pessoas internadas.

“É comprovado cientificamente que a música traz vários benefícios às pessoas em tratamento de saúde, como o alívio das dores e momentos de satisfação e bem-estar com a liberação do hormônio serotonina”, explica a diretora-geral do Hospital Dom Vicente Zico, Anny Segóvia. Ela conta que com a recomposição do Comitê de Humanização, a musicoterapia fará parte do calendário das atividades com apresentações semanais.

Pacientes aprovam a musicoterapia aliada aos tratamentos de saúde
Além do saxofonista, a atividade contará com músicos de voz e violão que farão as apresentações no hospital. “Eu gostei muito das músicas que ele tocou. Fiquei muito emocionada e gostaria que ele voltasse outras vezes”, aprovou a autônoma Fernanda Freitas, moradora da Cidade Nova 6, Ananindeua, internada há cerca de um mês.

A técnica de enfermagem Ester Nunes, moradora do bairro do Marco, soltou a voz e acompanhou o músico numa canção religiosa para demonstrar sua fé na recuperação da saúde dela e dos demais pacientes. “É uma ação que alcança muitas pessoas. A fé das pessoas aqui é muito forte. Me emocionei muito. São músicas que todo mundo conhece e a gente vê a fé das pessoas em Deus, fé que elas vão ser curadas e que tudo vai ficar bem na vida delas”, declarou a paciente, internada há uma semana.

Geovany Moraes é músico do Exército e há sete anos faz trabalho voluntário em hospitais da cidade. “Faço esse trabalho de musicoterapia por entender que as pessoas quando ouvem uma música num leito de hospital elas recuperam a saúde mental. Toco músicas religiosas que falam de Deus, de recuperação, de esperança que possam sair do leito e reencontrar a família”, explicou Geovane.

Texto: Marza Mendonça