¹Gabriela Lima da Silva; ²Giovanna Caselli Barros; ³Sara Bruno Torres Rêgo; ⁴Douglas Augustinhak Heitkoetter.
¹Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL);
²Graduanda de Medicina da Universidade Positivo (UP);
³Graduanda de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (UFAM);
⁴Graduando em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
A humanização do atendimento a crianças com deficiências busca oferecer aos pacientes um tratamento que considere a totalidade do seu contexto social, como: “Quais locais ela frequenta e tem acesso?” “Como funciona sua família e quem é a sua rede de apoio emocional?”. Considerando a constatação da Unicef que, em escala mundial, cerca de 10% das crianças nascem ou adquirem alguma deficiência ao longo da vida, a temática se mostra bem relevante. Nesse contexto, a intervenção é o conjunto de procedimentos terapêuticos que buscam trabalhar com estratégias para melhorar a qualidade de vida de crianças portadoras de deficiências, promovendo um método de vida funcional. Não necessariamente a criança irá conseguir realizar as atividades da mesma forma do que crianças que não possuem deficiências, porém é possível melhorar suas habilidades. Além disso, nessa etapa a comunicação clara com os familiares é fundamental, bem como um vínculo dos profissionais com a família e o paciente.
O ambiente é de extrema relevância para a criança com deficiência, pois pode ser um facilitador ou restritor da função do paciente. Por isso é necessário estabelecer os critérios e procedimentos referentes à adequação dessa ambientação, tanto pública quanto privada, possibilitando valorização das suas necessidades humanas, a fim de obter uma melhor acessibilidade como solução para suas dificuldades. Um exemplo dessa adequação é oferecer o serviço de rampas e elevadores para os cadeirantes ao invés de um ambiente com escadas.
A reabilitação de uma criança com deficiência deve ser desenvolvida de acordo com suas necessidades e acompanhada por uma equipe multidisciplinar. Durante as intervenções, todo o esforço deve ser feito para que a criança evolua para além das próprias limitações. Como estratégias para um atendimento humanizado a esse grupo, pode-se citar: o cuidado centrado na família, o projeto terapêutico singular, o atendimento domiciliar, o enfoque nos fatores contextuais, o trabalho em equipe e as atividades em grupo.
Ademais, as crianças com deficiência possuem uma dificuldade maior para exercer seus direitos em comparação às crianças sem deficiência. Há dificuldade em ser incluída e escutada em quase todas as esferas da sociedade, enfrentando barreiras para participar plenamente dos grupos sociais. O desfecho são resultados sociais e de saúde negativos, fazendo jus a necessidade de se criar estratégias direcionadas para atender todas as desigualdades, a fim de proporcionar as mesmas oportunidades para essas crianças, para que estas sejam contadas, consultadas e consideradas dentro todos os aspectos em que o ser humano participa dentro da sociedade.