Humanização no acolhimento dos familiares de pacientes internados em Hospital Geral
A Política Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar foi instituída em 2003, visando à promoção de uma cultura de atendimento humanizado na área da saúde. As diretrizes são norteadoras e se expressam no método da inclusão de usuários, trabalhadores na gestão dos serviços e nas práticas de saúde. Opera com dispositivos, atualizando as diretrizes por meio de estratégias destinadas à promoção de mudanças nos modelos de atenção e da gestão. A investigação teve como objetivo geral identificar as necessidades de acolhimento aos membros familiares durante a hospitalização e, como específicos, desenvolver um grupo de suporte de acolhimento aos familiares de pacientes hospitalizados como estratégia da política de humanização, analisando como acontecem o acolhimento aos familiares dos pacientes hospitalizados e a Política Nacional de Humanização. Foi realizada sob a abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-ação, por meio do processo grupal, em um hospital geral de ensino, de grande porte, de referência no Estado, localizado na cidade de Fortaleza-Ceará. Os participantes do estudo foram componentes familiares que estavam acompanhando parentes internados nas clinicas A e B do citado hospital no período do estudo. Os dados foram coletados no período de maio a julho de 2013, por meio da entrevista individual, da criação de um grupo de suporte aos familiares de pacientes internados e da técnica de colagem. A pesquisa foi realizada com base nos cuidados éticos necessários aos seres humanos, preconizados pela Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde Foi iniciada após a provação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Para manter o compromisso de sigilo contido no Termo de Consentimento Livre e esclarecido, os sujeitos foram codificados com a letra F de familiar e o número por ordem de registro. Os dados foram analisados pela técnica de Análise de Conteúdo, de Bardin. Os resultados estão expressos na seguinte ordem: apresentação dos familiares, análise das entrevistas; realização do Grupo de Suporte aos Familiares; avaliação do grupo como estratégia para o acolhimento, por meio da colagem e análise do acolhimento no hospital e a Política de Humanização. Em face dos resultados do estudo, que permitiram alcançar os objetivos propostos, espera-se que possam subsidiar a equipe de profissionais da saúde, bem como a administração do referido hospital, a potencializar as ações e medidas na infraestrutura, como também as de acolhimento e efetiva humanização na assistência ao familiar durante a internação, com interesse nos sentimentos do componente da família ao acompanhar o seu parente; nas dificuldades em lidar com seus sentimentos; nas necessidades e obstáculos no hospital, assim como nas formas de ajuda relacionadas às informações e ao apoio psicológico solicitado.
https://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/8292
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Marluce,
Muito importante o acolhimento aos familiares dos pacientes hospitalizados. A presença do acompanhante, do familiar no espaço hospitalar, sem dúvida, aumenta o grau de confiança e de protagonismo desses sujeitos, e contribui também com o fortalecimento dos vínculos afetivos com a rede social dos pacientes. E não basta a autorização para o acesso dessas pessoas, é preciso acolhê-las com espaços adequados, com escuta, inserindo-as na rotina do hospital.
Tenho uma observação a fazer sobre o seu texto. O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar-PNHAH foi criado em 2000. Um programa com foco na humanização das práticas de cuidado nos hospitais, que antecedeu a Política Nacional de Humanização-PNH. Em 2003, foi criada a PNH, uma política transversal que defende a humanização em todos os níveis de cuidado em saúde, não apenas nos hospitais como era o PNHAH.
Você faz referência a uma pesquisa realizada no hospital sobre o acolhimento aos familiares das pessoas hospitalizadas. Quem foram os atores entrevistados? Quais os avanços conquistados a partir do implemento do acolhimento aos familiares das pessoas hospitalizadas?
Abraços!
Emília