HUMANIZAÇÃO NO MANEJO DE DOENTES CRÔNICOS

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A abordagem da Doutora Juliana Leme, acerca de doentes renais crônicos, uniu aspectos relacionados a tratamento constante e acolhimento do paciente, bem como de seus familiares. É importante entender que o paciente necessita de um atendimento mais humanizado nas consultas, especialmente se enfrentará elevadas dificuldades contra a doença estabelecida, que, por ser crônica, perdurará com longa duração e desenvolvimento lento.

A humanização do cuidado é ampliar a visão sobre doença e pessoa, ou seja, envolver comunicação efetiva, escuta ativa e empática, autonomia, independência, autocuidado, tratamento e a troca de informações. Todos esses pontos aprimoram o relacionamento e confiança entre equipe multiprofissional e o doente crônico. A Drª questionou que “O paciente não é só o paciente, ele é o amor de alguém”, um clichê que deveria ser um dos pilares do cuidado. Por isso, aplicar essa frase na rotina assistencial é crucial, pois com ela seriam facilmente diminuídas, ou excluídas, as iatrogenias, ou seja, qualquer dano provocado ao paciente por algum tratamento de saúde.

O prognóstico de um paciente crônico, muitas vezes, pode ser associado com cuidados paliativos (CP), que almeja a diminuição da dor com tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, assim como os pontos já supracitados sobre a humanização do cuidado. Assimilar que CP não necessariamente deve ser relacionado com fim da vida, mas também saber humanizar a morte e atenuar o medo referente a tal processo, além de reduzir a ansiedade dos pacientes e familiares.

É comum utilizar o termo interdisciplinar na área da Medicina Paliativa. Isso pois, ao definir o conceito de multidisciplinar, sendo ele um cuidado segmentado, no qual cada profissional atua em sua área sem comunicação constante, é perceptível que desse modo os CP se desenvolvem de maneira insatisfatória. Por outro lado, de maneira interdisciplinar, há uma conversa direta entre os atuantes da área de saúde, durante toda a progressão do tratamento. Dessa maneira, constrói-se uma abordagem centrada no paciente e suas necessidades, e não apenas nas categorias profissionais.

Portanto, os doentes crônicos necessitam de um atendimento completo e integrado para a manutenção do cuidado e evolução positiva no quadro clínico. É muito importante avaliar todas as esferas do cuidado para diminuir os exageros e aumentar os reforços positivos a cada progresso do paciente em seu autocuidado.

 

Heloisa Holanda Cavalcante¹ Tainá Toniolo² Maurício Altenburger³

 

¹ Graduanda em Enfermagem pela Universidade Paulista (UNIP)

² Graduanda em Medicina pela Universidade Positivo (UP)

3 Graduando em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica (PUCPR)