HumanizaSEPSE: Uma proposta de Humanização dos Protocolos de Atendimento ao Paciente com Sepse

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HumanizaSEPSE: Uma proposta de Humanização dos Protocolos de Atendimento ao Paciente com Sepse – Integrando Profissionais de Saúde, Familiares e Pacientes com Referencial humanístico da filosofia Augustiniana no SUS.

 

Orientador e Autores:

Fabio Bombarda – Médico intensivista e Professor de Medicina do Unisalesiano – CRM 112586

Vinicius Cortellazze Lima – Acadêmico de Medicina do sexto ano do Unisalesiano

Fernando Akio Saito – Acadêmico de Medicina do sexto ano do Unisalesiano

Rafael Flamarin Cavasana – Acadêmico de Medicina do sexto ano do Unisalesiano

Rodrigo Justi Nogueira – Acadêmico de Medicina do sexto ano do Unisalesiano

Lucas Seiki Sasaki – Acadêmico de Medicina do sexto ano do Unisalesiano

 

 

Introdução:

A sepse é uma síndrome clínica grave com alta mortalidade em todo o mundo e que requer atenção médica imediata e abordagem interdisciplinar expressas em protocolos técnicos baseados em evidências. No entanto, muitas vezes os protocolos de atendimento se concentram nos aspectos clínicos e técnicos negligenciando, de certo modo, a importância da humanização no cuidado ao paciente. Nesta proposta, buscamos criar uma discussão sobre a importância de incorporar a perspectiva do referencial da filosofia augustiniana, que destaca a importância de reconhecer a integralidade e a singularidade de cada indivíduo, considerando suas necessidades físicas, emocionais e espirituais. Ao incorporar esses valores na abordagem do cuidado à sepse, é possível promover um ambiente de cuidado humanizado onde os profissionais de saúde, familiares e pacientes se unem em um esforço conjunto para garantir o bem-estar e a recuperação do paciente.

Embora a filosofia augustiniana tenha suas raízes na teologia cristã, seus princípios e ideias podem ser apreciados e discutidos independentemente da religião. Por exemplo, as reflexões de Santo Agostinho sobre a busca pela verdade, a natureza da alma humana e a importância da virtude podem ser objeto de estudo, podendo ser resumidos como a empatia, o reconhecimento da valorização do amor e da compaixão ao próximo.

 

Objetivos:

  • Promover uma abordagem humanizada no atendimento aos pacientes com sepse, considerando a perspectiva do referencial augustiniano em cuja obra clássica amplia a busca pela compaixão, empatia, amor ao próximo e atenção às necessidades individuais pode ser associada à abordagem humanizada e centrada no paciente em seus aspectos físicos, emocionais e espirituais.
  • Envolver os profissionais de saúde, familiares e pacientes como parceiros no processo de cuidado.
  • Aprimorar a comunicação entre as partes envolvidas, promovendo uma compreensão mútua e um ambiente de confiança e respeito.
  • Proporcionar suporte emocional e psicológico tanto para os pacientes como para seus familiares durante o tratamento da sepse.
  • Garantir que os protocolos de atendimento sejam adequados às necessidades técnicas individuais e contextuais (emocionais, físicas e espirituais) de cada paciente.

 

Metodologia:

  1. Sensibilização e Capacitação dos Profissionais de Saúde:
    – Realização de palestras e workshops sobre a importância da humanização no cuidado aos pacientes com sepse, explorando os princípios do referencial augustiniano.
    – Incentivo à empatia, ao acolhimento e à comunicação eficaz por meio de treinamentos e simulações de situações reais.
    – Estabelecimento de espaços de discussão e reflexão para os profissionais compartilharem suas experiências e desafios relacionados à humanização no cuidado.
  2. Participação dos Familiares:
    – Criação de um programa de suporte aos familiares dos pacientes com sepse, oferecendo informações claras sobre a síndrome, os tratamentos e prognósticos.
    – Estabelecimento de um canal de comunicação efetivo entre os profissionais de saúde e os familiares, garantindo que suas dúvidas sejam esclarecidas e suas preocupações sejam ouvidas.
    – Inclusão dos familiares nas tomadas de decisão, respeitando sua autonomia e promovendo a colaboração no plano terapêutico.
  3. Participação Ativa dos Pacientes:
    – Estímulo à participação ativa dos pacientes no seu próprio processo de cuidado, considerando suas preferências e valores.
    – Promoção de uma comunicação clara e acessível entre os profissionais de saúde e os pacientes, explicando o diagnóstico, o tratamento e os possíveis desfechos.
    – Incentivo à expressão de sentimentos e preocupações por parte dos pacientes, oferecendo suporte emocional e psicológico durante o tratamento.
  4. Adaptação dos Protocolos de Atendimento:
    – Revisão dos protocolos existentes, levando em consideração as perspectivas dos profissionais de saúde, familiares e pacientes.