Em 2012, com a ampliação do uso da Internet no SUS, escrevi no blog um texto ( O SUS e a Internet )em que ressaltava a esperança de estarmos no início da organização de um SUS com mais inovação, mais participação popular e mais controle, com o desenvolvimento das Redes Sociais Digitais.
Decorridos 12 anos, chegamos à Era da Inteligência Artificial Digital e constatamos que a promessa de um SUS inovador e em rede, deu lugar a um sistema que enfraquece a participação popular e dos trabalhadores na organização da sociedade e organização das relações de trabalho, com a precarização, pejotização e uberização do trabalhador, principalmente na área de serviços, incluindo o trabalhador do SUS.
A ideia de “conexão, interação e redes sociais” resultou na mercantilização das políticas públicas, provocando o adoecimento do trabalhador com a produção de metas em planilhas nos serviços, que desumanizaram o cuidado em saúde.
Em 2025 teremos nova Conferência Nacional da Saúde do trabalhador.
Precisamos revalorizar o trabalho buscando novos princípios de ação, como a INTEGRALIDADE do cuidado, a ação política nos TERRITÓRIOS e o apoio de plataformas cooperativas na SAÚDE DIGITAL.
Saúde não é mercadoria, muito menos seus trabalhadores!