LIBRAS-LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS -DETERMINANTE DE ACESSO EM SAÚDE
LIBRAS é a sigla de Língua Brasileira de Sinais, um conjunto de formas gestuais utilizada por deficientes auditivos para a comunicação entre eles e outras pessoas, sejam elas surdas ou ouvintes.
Ela tem sua origem baseada na linguagem de sinais francesa e é um dos conjuntos de sinais existentes no mundo inteiro com o propósito de realizar a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva.
A língua brasileira de sinais não simboliza, portanto, a simples gestualização da língua portuguesa. Ela é formada por diferentes níveis linguísticos (sintaxe, semântica, morfologia, etc). A principal diferença está na modalidade de articulação, que é visual-espacial.
No Brasil, a língua brasileira de sinais foi estabelecida através da Lei nº 10.436/2002, como a língua oficial das pessoas surdas.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
Ela também pode ser difundida e aprendida por intérpretes, que podem ser pessoas ouvintes especializadas em trabalhar com pessoas surdas. A função do intérprete ainda está em crescimento, mas já foi reconhecida e regulamentada através da Lei nº 12.319/2010.
Mais uma iniciativa da faculdade de medicina de Presidente Prudente (UNOESTE) e Secretaria Municipal de Saúde junto a associação de surdos e surdas de Presidente Prudente (ASSPP). Estudantes de medicina (2 termo) do Programa de Aproximação a Prática (PAPP) fizeram uma ação de educação em saúde, onde participaram os interpretes de libras e voluntários de associação de surdos. Foi abordado temas comuns da saúde como hipertensão arterial sistêmicas e diabetes melittos seus principais sinais e sintomas, e suas cronificação.
Esta ação evoluiu para uma roda de conversa que onde foram levantadas varias questões sobre acesso em saúde pelas pessoas surdas, onde foram expostas experiencias negativas pelos participantes, a destacar a fragilidade da comunicação. Mesmo garantido por lei (supracitada) ainda não é conhecida e acatada pelos responsáveis.
Ao feedback do momento os estudantes ficaram muito sensibilizados com relatos dos participantes, estão encorajados a fazer novas ações e também se capacitar em Libras.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10436.htm
Por Alex Wander Nenartavis
Parabéns Professor Marcel, por aceitar o desafio de colocar em prática a Política Pública da Atenção Integral à Saúde da Pessoa com Deficiência, no território da ESF. Congratulações.