L@s tr@nsborders
Sem definição
O que não se aguenta, o que o corpo tr@nsborda
Vomita, espirra, vaza, tr@nsforma
Segura, lapida, encontra e desencontra para ali parar, que ultrapassa, e é, ainda…
Potência. Um ponto, uma pista, uma faísca, cremada, que já não queima, mas vive
Grita em silêncio, idiossincrasias plurais e várias
Do entre, e do fora, o que já será do ido… restou e se dissipou, só existe agora, memória
Um poema dentro e perto da montanha que desceu o morro, desmoronou mostrando o seio interior, cratera na rachadura que um dia esteve lá, ninguém viu.
1000 dias, 100 tiros, 600.000, uma a cada 2 segundos…
Cava, balística, gripezinha, mimimi
procura, fura, invade, merece
desaparece, mascara, para, porque provocou
impunes
outro da marmita que era um fuzil?
corpo de atleta
vestida daquele jeito?
premeditada, na hora errada, sem velório sem nada, ela que não obedecia
ondas do ori
lasca molhada de espuma cortante
quanto mais velho, garante diversão brincante
submerge e lá vem crista
quebra, esmaece, afunda, só que é repuxo, dai segue…
desmaia, volta, “estou bem”
Tá vendo ali a calma da constante profunda no segundo sol tangente?
Coloca o nariz na linha da água, respira, tá vendo? Bem no seu nariz, reta flutuante ora engolindo a espuma cortante?
Tá vendo ali a calma do agito espumante…?
e o que dizer do sol quente, fora, paralelo, que no espaço tão longe faz arder?
ainda que a água tente apagar, ele ferve
Corpos, fluxos, imanências e o que couber enquanto bóia na superfície dos corpos, fluxos, imanências e do que não cabe-tr@nsborda guetos, espaço e novas formas de processos de ser o mesmo de novo só que diferente?
Menor e mais ardente, tá vendo entre?
axé
Por jacqueline abrantes gadelha
Lu, li com sua voz. Saudades!