É noite.
Luzes artificiais tentando vencer a escuridão.
O medo da noite.
A iluminação é abundante,
mas mesmo assim, insuficiente para iluminar
as ruas,
as pessoas que passam.
A luz de neon, a lâmpada de mercúrio, a lamparina
deformam as formas,
mudam as cores,
escondem um detalhe,
sublinham uma característica.
As pupilas se dilatam tentando recolher da noite
a luz existente,
tentando discernir os objetos entre tantos focos luminosos.
O medo da luz noturna
não apavora os companheiros caminhantes.
Há a certeza de que a luz do dia virá.
Evaldo Shinji Kuniyoshi
Publiquei no Facebook, no dispositivo Notas, que foi desativado. Desta forma, corro o risco de perder o conteúdo, como aconteceu com os conteúdos publicados no ORKUT sobre Vigilância em Saúde, Cibercultura e Inteligência Coletiva, em que era colaborador assíduo, criando tópicos e participando das discussões das Comunidades Virtuais.
Republico aqui, como memória da procura das luzes, naqueles anos tumultuados da década de 1980, de minha formação profissional.