O “Outubro Rosa” e as Metodologias Ativas na Formação Médica.

13 votos

O Programa de Aproximação Progressiva à Prática, da Universidade do Oeste Paulista (PAPP/FAMEPP/ UNOESTE) insere o estudante da Graduação Médica em oito Estratégias Saúde da Família (ESFs) localizadas em Presidente Prudente e Álvares Machado, desde o primeiro termo do Curso.

As Metodologias Ativas são utilizadas para estimular a criação de Planos de Ação, a partir da Epidemiologia que emerge dos territórios ligados às Unidades de Saúde.

Acadêmicos fazem parte das Equipes Interprofissionais das ESFs e constroem os Planos com foco na Política Nacional de Promoção à Saúde.

Um dos Planos de Ação criados pelos estudantes, em uma Reunião de Equipe, esteve voltado ao Outubro Rosa, em uma ESF de Presidente Prudente, SP.

Os Acadêmicos ajudaram na decoração da Unidade de Saúde e foram estudar a Política Pública de Atenção Integral à Saúde da Mulher, com foco na prevenção dos cânceres ginecológicos.

Enquanto aguardavam pelos exames de Papanicolau, uma Roda de Conversa, dos estudantes com as mulheres da comunidade, era utilizada para estimular Reflexão na Ação e também o “Arco de Maguerez” para contextualização da ação.

Acadêmicos consideraram que o câncer de mama pode ser entendido como um problema de saúde pública, na atualidade, devido à sua crescente incidência e índices de letalidade.

Os estudantes entenderam que o movimento “Outubro Rosa” visa chamar a atenção da população feminina sobre as neoplasias que afetam as mulheres, em todo o mundo.

Então complementei que as ações da Campanha têm por objetivo realizar o diagnóstico precoce, com foco na diminuição da mortalidade em decorrência dessas neoplasias.

Os estudantes ressaltaram a importância de participarem das ações de Promoção à Saúde para a formação médica. Relataram que foi desafiador realizar a abordagem inicial das usuárias do SUS na sala de espera, além da construção da anamnese dirigida e da realização, sob supervisão docente, do exame físico das mamas das mulheres que compareceram à Unidade de Saúde da Família. Complementaram que a experiência foi enriquecedora, pois conseguiram identificar usuárias com suspeita de câncer de mama, quantificar os dados, além de terem oportunidades de exercitarem a Educação e Comunicação em Saúde, com foco na relação equipe-usuário SUS.

Os estudantes ainda reconheceram e entenderam melhor as dificuldades das usuárias do SUS em relação à prevenção e promoção da saúde das mamas. Observaram que algumas mulheres referiram não ter conhecimento sobre os temas abordados.

Esses acadêmicos, devagar vão compreendendo que o conhecimento teórico-prático vai se consolidando em cada entrevista com as pessoas da comunidade. Percebem que cada pessoa está imersa em um contexto histórico, cultural e social. Dessa maneira, as usuárias trazem visões diversas, interpretando os conceitos de saúde e doença de maneira diferente.

Foi considerado e contextualizado que cada profissional médico deve exercitar, desde o primeiro termo da graduação, algumas habilidades, conhecimentos e atitudes que vão além do cotidiano médico. O estudante deve ser um multiplicador de cidadania, e deve se entender como um agente que explica para os usuários do SUS sobre seus direitos e seus deveres.

Os participantes consideraram como positiva e gratificante a Ação de Promoção à Saúde desenvolvida no território da ESF.

 

Referências:

“Além da Mama”: o Cenário do Outubro Rosa no Aprendizado da Formação Médica.

Disponível em:

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielo.br/j/rbem/a/Jy7NnqJpxCSP8CCdTkWPCfG/abstract/%3Flang%3Dpt&ved=2ahUKEwjF_ZP2yuHzAhWyJrkGHT90AXwQFnoECAkQAg&usg=AOvVaw3I5OdffDsHDAMnVUHsreuQ

Acesso em 24 10 2021, às 15h 35min.