Oficina sobre Projeto Terapêutico Singular em um CAPS III em Paulista – PE
No dia 25 de maio de 2021 realizamos uma oficina sobre o Projeto Terapêutico Singular (PTS) e sua implantação em um CAPS III no qual fazemos parte. A proposta de dialogarmos sobre o PTS aconteceu devido a necessidade de organizarmos os processos de trabalho de modo dialógico, multiprofissional, objetivo e eficaz.
Iniciamos nossa conversa dialogando sobre o PTS enquanto projeto que é feito junto com o usuário, que é complexo, e que envolve diferentes atores (sejam eles profissionais, dispositivos de saúde, serviços assistenciais, entre outros). Para dar visibilidade e organizar o PTS foi utilizado um instrumento onde organizamos as queixas e situação do usuário, arranjo familiar, avaliação das vulnerabilidades (fatores de risco e proteção), e as propostas de intervenção (metas, prazos e responsáveis). Esse instrumento está disponível na internet, e sofreu algumas adaptações para o contexto do CAPS.
De forma a dar visibilidade ao contexto do usuário incluímos o Ecomapa, onde dialogamos sobre a força da ligação, impacto da ligação e qualidade da ligação do usuário e outros atores. Fazer essa representação gráfica nos possibilitará ter uma visão ampliada da rede de apoio do usuário, bem como compreender seus vínculos e suas relações.
A oficina sobre PTS foi avaliada de forma positiva pela equipe, uma vez que a organização do PTS implica a inclusão de diferentes atores, dispositivos e usuário que dialogam para a efetivação do cuidado ampliado em saúde. Pensar a participação do usuário na construção de seu projeto singular pode contribuir para o desenvolvimento da autonomia e implicação no seu tratamento.
A discussão do PTS e a implantação de seu instrumento no CAPS III só foi possível com a colaboração da gerência administrativa/clínica e a disponibilidade dos profissionais em dialogar sobre uma nova metodologia de trabalho em saúde. Após essa oficina utilizaremos o instrumento do PTS e inicialmente o aplicaremos nos casos mais complexos e difíceis de serem resolvidos. Acreditamos que a implantação do PTS no serviço trará resultados favoráveis principalmente para os usuários e seus familiares.
Equipe CAPS III
Ricardo e Cíntia – Gerentes administrativos
Vera Lobo – Gerente clínica
Laís – Cuidadora
Bárbara – Assistente social técnica de referência
Helder e Lina – Enfermeiros técnicos de referência
Dayanne, Franklin e Vera Lúcia – Psicólogas técnicas de referência
Edgar e Conceição – Assistentes administrativos
Por Sérgio Aragaki
Parabéns a toda equipe. É sempre bom lembrar que o PTS, assim como qualquer outro dispositivo, se feito com base no método da tríplice inclusão, melhora não só o cuidado e a resolubilidade em saúde, mas também o processo de trabalho, melhorando-o e valorizando quem trabalha na saúde. Grande abraSUS!